San Andrés não tem galo mas tem pombo. E pior que pombo é vizinho barulhento. A impressão é de que um grande grupo de jovens está hospedado na pousada. Na hora do jantar se reuniram vários na garagem em frente ao meu quarto para fazer bagunça. Na madrugada, às 4:30 h, devem ter voltado da balada e fui obrigado a levantar e solicitar um pouco de silêncio. E para eu fazer isso deve ter havido um motivo bem significativo. Não funcionou muito porém deu para retomar o sono. Um pouco antes havia sido despertado por um forte temporal. Ao me preparar para sair quase volto para a cama depois de ver o estado do céu. Felizmente eram aquelas nuvens corredeiras e, depois de caminhar uns dez minutos na sombra, o sol voltou a aparecer. Andei até o fim da praia, depois da colônia de pescadores, e retrocedi um pedaço do trajeto sem encontrar um local calmo para me instalar. A diferença entre a tranquilidade de Providencia e o movimento de San Andrés é gritante. Em nenhum dos dois lugares descobri um recanto que me encantasse mas na capital é tudo muito mais agitado e cheio. Apesar da longa caminhada, na praia Manzanillo pelo menos eu tinha grande probabilidade de ficar sozinho no canto perto do morro. Aqui não importa quanto eu ande, sempre tem gente em volta. Fiquei em pé na praia até o meio-dia, quando saí correndo com medo de uma grande nuvem escura. Foram alguns pingos mas era mais um alarme falso. Na volta para o hotel parei em uma praça sombreada para observar o deslocamento de pequenas embarcações no mar, mas fui expulso por um desocupado que resolveu ouvir música do meu lado. Tive que procurar outro banco menos musical. A internet continuou trágica.