12/jun/24Calendário 14/jun/24


Brive / Rocamadour - qui 13/jun/24 * 12,06 km * (71 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Hospital de São João - RocamadourA manhã parecia mais bonita do que ontem e, como o trem só sairia depois das 11:00 h, achava que daria tempo de esquentar um pouco. Até fiquei com vontade de deixar o casaco para trás, porém a previdência ainda não indicava ação tão ousada. Com duas horas de antecedência comprei os bilhetes no trem regional de uma viagem que deveria durar uns 40 minutos. Rocamadour era uma cidade medieval, passagem de peregrinos do Caminho de Compostela. Não era um local urbano convencional, mas se dividia em três fatias penduradas num grande rochedo. Pouco acima do nível do rio ficava o centro propriamente dito. Na camada intermediária estava localizado o santuárCidade maravilhosa - Rocamadourio e no topo o castelo. O passeio envolveria alguma caminhada, já que o terminal ferroviário ficava a cinco quilômetros de distância da área turística. Isso reduziria o intervalo de cinco horas entre a ida e a volta, para pouco mais de duas horas e meia de tempo útil. Como segurança, poderia contar com a partida de um trem posterior que chegaria, porém, após meu horário convencional de retorno para o quarto. Como o trem regional não aceitava marcação de lugar, também era possível entrar em comboios de horários diferentes do escolhido. A passagem valia para o dia todo. Resolvi adquirir as de ida e volta para evitar problemas como o de ontem. Para pVale do Rio Alzou - Rocamadourassar o tempo fui tomar um pouco de sol no exterior do terminal, onde o termômetro marcava 19°C. Com certeza a sensação era de bem menos, mas pude tirar o casaco depois de acostumar. O vagão único lotou. Sempre dava um frio na barriga de pegar o trem errado, apesar do itinerário normalmente presente nas plataformas. Parece que houve um deslizamento na linha, bem depois da minha parada, e estavam todos fazendo perguntas para os bilheteiros. Também questionei para me assegurar, no entanto, pronunciei o nome da cidade errado várias vezes e a comissária não entendia. Um colega apareceu para me corrigir e tranquilizar. Já havia lido sobre o incidente aCastelo - Rocamadourlguns dias atrás. Levei 40 minutos para chegar ao centro pelo trilha bem sinalizada. Logo no início encontrei um casal americano que também procurava o acesso à cidade. A ajuda do aplicativo de mapas era sempre imprescindível e evitou algumas curvas erradas. Não dava para subestimar ainda as placas indicativas. A entrada ocorreu pelo alto e a primeira parada foi no cemitério e centro de acolhida dos Cavaleiros Hospitalários, atualmente desaparecido. Na sequência vieram dois mirantes com panoramas espetaculares. Fiz um desvio para conhecer a Rocha das Águias para ter a desilusão de saber que se tratava de um parque aviário. Vários sinais chamativosTorre do Castelo - Rocamadour me enganaram para acabar em áreas de camping, parques particulares ou apresentações equestres. Não pretendia entrar no Castelo por falta de tempo. No entanto, além de ele ser bem pequeno, não estava aberto para visitação. Um sistema automatizado vendia o ingresso para o passeio pelas muralhas, com vistas magníficas do vale do Rio Alzou e da cidade abaixo. Na saída do Castelo comecei a descida pelo tortuoso Caminho do Calvário, com esculturas representando as diversas fases da paixão de Cristo. Ao longo da rota existiam algumas grutas para reuniões religiosas. No final havia uma passagem para o Santuário, praça cercada por várias capelas, uma delaSantuário - Rocamadours erigida sob as rochas. A segunda descida foi para o nível da cidade medieval, composta por uma única rua com lojas, restaurantes e hotéis dos dois lados. Senti não ter tempo para uma volta pela floresta que cercava o vale do Rio Alzou. Não consegui divisar água em nenhum momento. Deve ser apenas um córrego em época de seca. Com uma hora de antecedência retomei o trajeto de retorno para o terminal. Quando fui ativar o celular para confirmar o percurso, tive mais um susto razoável. O botão não estava mais no lugar e não havia modo de acender a tela. Pensei em várias possibilidades e tentei alguns instrumentos improvisados para tentar substituir o Porta Hugon, séc. XIII - Rocamadourbotão, que deveria ter caído enquanto tirava a última foto ao sair da cidade. Cheguei a pensar em voltar para procurar. Não estava pensando direito. Não fazia sentido, não apenas pelo horário apertado, mas também pelas dimensões do objeto. Lembrei então do pen-drive, sobre o qual tinha uma vaga memória de ativar a tela quando conectado. Procurei nas opções de configuração se havia algum modo de manter o visor aceso permanentemente, mas o máximo permitido eram 10 minutos. Não queria parar de andar para pesquisar a mochila porque nem sabia as horas e estava meio na corrida. Ao chegar à estação 30 minutos antes do prazo, experimentei o carregador, quSistema de defesa - Rocamadoure reavivou o monitor. Não era a solução ideal, mas evitava o mal pior. Dessa vez valeu a pena ter comprado bilhete de ida e volta. O pequeno terminal de Rocamadour não tinha bilheteria, nem automática e nem humana. Na chegada em Brive comprei a passagem para mudança de base amanhã a fim de evitar correria desnecessária. No quarto, confirmei que inserir e retirar o adaptador do pen-drive resolvia. Mas acho que nunca mais ia poder desligar o aparelho. Pensar nisso dava calafrio. Na verdade, acho que não era tão trágico. Não iria experimentar, porém dava para usar a agulha de extrair cartão. Talvez dessa forma fosse possível religar em último caso.