Sem muita vontade de ir à praia hoje deixei o apartamento às 7:30 h para andar ao longo do litoral da ilha para o lado desconhecido. Pelo mapa eletrônico é possível verificar que uma rodovia secundária segue pela parte baixa da costa acompanhando a comprida península de nome complicado que se destaca do continente. Já havia percorrido os primeiros quatro quilômetros até Žrnovska Banja (leia jinóvisca bânia) ontem, quando fazia um pouco de hora antes de retomar o caminho no sentido de Lumbarda. A partir da metade da manhã a cobertura do céu passou à totalidade, sem produção de sombra ou mormaço. O trecho intermediário do trajeto foi meio chato, percorrendo um pedaço do litoral sem reentrâncias, mas havia definido o final da caminhada numa praia vários quilômetros à frente e pretendia manter a meta. Depois da estrada asfaltada teve início uma de terra que deu acesso à trilha que desce para a praia Samograd, ponto mais longínquo do exercício. Os desníveis de hoje não foram muito maiores do que cem metros e a inclinação foi, em grande parte, bastante gradual. Voltando para a enseada anterior desci até a adorável praia Vaja (leia váia), predileta dos franceses. O barranco da descida foi facilitado pela generosidade da construção de uns degraus de madeira. Voltei mais um pouco no sentido da capital para descansar numa encantadora vila de nome impronunciável e posicionamento cinematográfico no fundo de uma baía, em formato de anfiteatro com as residências penduradas na encosta. Foi onde senti os primeiros pingos. Achei que seria impraticável aguardar por uma tempestade que não sabia se viria ou quanto tempo levaria para chegar e resolvi enfrentar os quilômetros do retorno imediatamente após a curta pausa. No meio do caminho a garoa ficou bem forte por uns trinta minutos, porém cheguei ao centro seco, graças a uma pequena presença do sol.