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Matala - seg 12/jun/17 (93 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Monte Psiloritis - Iraklio-MatalaA troca frequente de base é muito chata. O prazo médio de três dias que vou ficar em cada lugar daqui para a frente vai exigir um constante tira e põe de coisas de dentro das mochilas e muitas viagens de ônibus relativamente curtas, de até duas horas. Mas foi a solução que encontrei para fazer todas as visitas que tinha vontade de realizar. Iraklio tem dois terminais rodoviários. Aquele em que cheguei fica perto da pousada e serve a parte leste da ilha. Para ir ao de hoje teria que atravessar o centro numa caminhada de 30 minutos. O balneário de Matala (leia mátala) na costa sul fica a pouco menos de 70 quilômetroTapete de boas-vindas - Matalas. Felizmente apareceu uma ligação às 9:00 h que não estava programada nas tabelas que possuía. De outra forma teria que pegar o serviço das 7:30 h, o que significaria madrugar mais uma vez. Deixei o quarto uma hora antes da partida sob céu razoavelmente limpo e com bastante vento. A previsão, talvez por causa disso, é de alguma possibilidade de breves pancadas durante a tarde. Ao abordar fui informado pelo motorista que teria que fazer uma conexão na metade do percurso. Acho que os horários já estavam calibrados para a situação mas não deixa de ser um inconveniente ter que trocar de veículos e transferir a bagagePraia Vermelha - Matalam. Às 10:15 h o condutor parou em Mires e o carro seguinte partiu em cinco minutos para completar o trajeto em mais meia hora. Julgando pelo casal que se juntou ao grupo de passageiros Matala ainda conserva um pouco dos ares alternativos por que foi famosa na década de 1970. Contrário a minha expectativa o ônibus entrou por uma estrada que passava na porta do parque arqueológico de Festos, que pretendia visitar amanhã. Apesar da intenção de chegar ao local a pé foi um desvio interessante para me familiarizar com a área. A parada final ficava no início da pequena vila e caminhei os 200 metros para encontrar a recepPenhasco esburacado - Matalação aberta porém vazia. Havia um número para contato, que considerei inócuo. Primeiro porque eu não tinha telefone e depois porque a admissão estava expressamente indicada para após as 14:00 h. Para adiantar os passeios da região larguei as mochilas perto dos sofás da área comum e segui até o fim da rua e começo da trilha para a vizinha Praia Vermelha. Vários grupos de pessoas seguiam o mesmo caminho e eu pretendia ficar no fim da fila. Mas estavam todos carregados de artigos de praia, como colchões infláveis e guarda-sóis, e "gentilmente" todos me cediam a passagem para que eu desbravasse a rota. A subida pelas pCidade acolhedora - Matalaedras era bem identificada por bolotas de tinta mas exigia esforço e concentração. No topo pude apreciar a vista maravilhosa e fiquei na terrível dúvida de descer pela outra vertente. O aglomerado de nuvens me sugeriu que não valeria o esforço para chegar numa praia encoberta. Fiquei alguns minutos apreciando o panorama e decidi retornar, dessa vez por uma trilha diferente, que seguia sobre o penhasco. Esse trajeto foi muito mais acessível, apesar de eu sempre ter mais dificuldade nas descidas, principal razão de ter arriscado o atalho desconhecido em vez de enfrentar as pedras íngremes da rota anterior. No final Cemitério romano - Matalahavia uma bifurcação, com uma perna indo para as ruas paralelas ao litoral no centro da cidade e a vereda que escolhi que voltava direto para o hotel. Uma hora de ida e volta não foi suficiente para aparecer alguém para me receber e resolvi ir para o outro lado. Sentei numa pedra na praia central, perto do penhasco todo esburacado, cujas grutas constituiam o antigo cemitério romano. Perto do horário retornei ao hotel e o recepcionista ainda não havia chegado. Falei com a faxineira que insinuou que o chefe estava dormindo. O Cosmos, dono da pousada e de uma agência de viagem na rua principal, parece mesmo meio folgGolfo de Messara - Matalaado, pelo que falaram as duas amigas que surgiram em seguida. Com 15 minutos de atraso ele desceu as escadas, dando a entender que se encontrava na propriedade. Como a máquina para passar o cartão ficava apenas no escritório que vende os passeios tive que andar mais uma vez até a esquina. Instalado e descansado saí às 15:30 h para conhecer a praia de Kommos (leia Cómos), a quatro quilômetros, onde há mais ruínas. Levei quase uma hora para chegar no mar novamente. O sítio arqueológico estava fechado e não parece que ele seja alguma hora aberto para visitação. Apenas podia-se observar as ruínas através das grades deRuínas na praia de Kommos - Matala galinheiro meio amassadas. A praia de Kommos é o primeiro trecho de uma longa faixa de areia banhada pela Baía de Messara. A planície de Messara é a região plana entre as montanhas por onde passei vindo de Iraklio essa manhã. A plantação de uva e azeitona é significativa nessa região e vi pelo menos uma fábrica de vinho junto à rodovia. Não pretendia passar o resto do dia na praia. Mesmo porque já estava tarde e os ruídos longínquos de trovoadas não permitiam descartar a previsão de pancadas. Dei a volta ao redor da zona arqueológica e observei a praia ensolarada por alguns minutos até retomar o caminho do hotel.Praia de Kommos - Matala Dessa vez peguei a estrada velha, que corre mais ou menos paralela à moderna e tive a sensação de que o desnível percorrido foi bem menos cansativo. A nuvem escura veio me perseguindo mas não chegou a encobrir o sol e nem descarregou seu conteúdo antes de eu entrar no quarto vindo do supermercado. A transmissão das fotos não deu tanto problema quanto estava imaginando depois que descobri que o sinal na varanda é bem melhor do que dentro do quarto. Mesmo assim tive que ter alguma paciência e também enfrentar o forte vento frio. Na realidade, dentro e fora não fazia muita diferença. Era mais questão de momento.