Foi muito difícil acordar hoje e quando consegui levantar às 8:30 h já sabia que o plano elaborado ontem não seria cumprido. Planejava pegar o ônibus das 10:45 h, o primeiro dos dois únicos horários, para a vila de Fiskardo no extremo norte da ilha, distante 40 km de Sami. A volta disponível era somente às 17:00 h. Pelo que havia pesquisado seria tempo suficiente para visitar as três praias mais conhecidas da região além do farol dos tempos dos venezianos. Mas já estava prevendo a preguiça de aguardar duas horas pela condução e ao sair do hotel segui em direção dos tabuleiros de pedra na orla da baía na direção contrário à do terminal rodoviário. O ar estava bastante parado e não seria fácil aguentar o sol sem acesso fácil ao mar. O local que escolhi contava com essa vantagem e também com muitos mosquitos. Tentei não pensar neles e preparei meu canto junto às belas camadas rochosas. Com a falta de vento e a impressão de continuidade causada pela ilha de Ítaca na abertura da baía poderia pensar que estava num lago dos Alpes suíços, de águas plácidas e cercado de altas montanhas. Os insetos foram dormir de barriga cheia depois do primeiro ataque e, graças a uma brisa leve porém constante iniciada na hora do almoço, não tive que me submeter ao líquido congelante. Entrei no mar uma vez para molhar até uma metade e espalhar água na outra. Foi o máximo que consegui. O chinelo falsificado não durou nem um mês. Ao dar os passos iniciais na rodovia asfaltada, depois de ter deixado a praia às 16:00 h, ele abriu o bico pela última vez. Fui obrigado a suportar uma massagem dolorida na planta dos pés pelos três quilômetros seguintes até entrar no apartamento. Dessa vez decidi fazer o teste caminhando um dia com o até agora inútil sapato de borracha. Se funcionar economizo alguns euros.