10/dez/18

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12/dez/18

Levantei às 8:00 h cansado com o exercício do dia anterior e sem inspiração de passeio. Não tinha vontade de pegar ônibus e, ao deixar o quarto meia hora mais tarde, fui saudado por um céu bastante nublado. Havia pensado em uma visita à praia próxima ao cais dos navios, porém a imprevisibilidade do tempo me aconselhou a apenas atravessar a ponte flutuante e aguardar sentado sob o abrigo que me protegeu alguns dias atrás. Um grande cruzeiro havia ancorado na parte interna da baía de Santa Ana, quase do lado do acesso à ponte. Deve ser bonito apreciar um barco de tais dimensões se espremendo pelo estreito canal aquático. Não tive paciência de ficar muito tempo sentado e, aproveitando que as nuvens não pareciam tão ameaçadoras, comecei uma nova tentativa para tentar chegar em Boka Sami. Da primeira vez havia sido barrado por um portão trancado e não me animei por continuar por outro caminho. Hoje, sabendo da interrupção daquela via, fiz a tentativa por outro lado. Cheguei um pouco mais para a frente mas quando começou a estrada de terra com alguma água acumulada começaram a surgir dúvidas sobre a viabilidade dessa nova empreitada. Não precisei esperar muito para decidir porque logo adiante uma sinalização enferrujada avisava que aquele era um caminho particular. Lembrando do conselho de ontem do cowboy iniciei o retorno. Às 11:30 h estava de volta à pequena praia do hotel Sonesta abandonado. Passei algum tempo sob um dos simpáticos abrigos de sapê observando o movimento e torcendo para o sol reaparecer com mais vigor. Quem tambem não me abandonava era o vento que, apesar de muito forte, era bastante agradável. Arrisquei estender a toalha sobre as pedras e acabei cochilando. Acordei assustado às 13:00 h e percebi que não ia conseguir muito sol. Retornei para o centro e dei uma volta pelas ladeiras do bairro de Otrobanda, entrando num famoso hotel, o Kurá Hulanda, que reuniu algumas ruas antigas numa propriedade e transformou cada uma das casas em apartamentos e demais dependências da hospedagem.