| 09/jun/25 | Calendário | 11/jun/25 |
| Alghero / Fertilia / Porto Conte - ter 10/jun/25 * 29,83 km * (52 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Aproveitei que não haveria limpeza no apartamento hoje para ficar mais tempo na cama. Isso significava perder o ônibus das 9:15 h para o passeio programado. A possibilidade então ficou com a segunda opção, a tentativa de caminhada para uma floresta a uma boa distância da cidade. Talvez desse para recuperar alguns dos quilômetros perdidos ontem andando apenas pelas muralhas e o centro. Saí às 10:15 h para fazer parte do contorno da baía de Alghero. Inicialmente percorri o
amplo calçadão que ficava do lado da marina e da Praia São João. Em seguida surgiu a praia Maria Pia, separada da avenida por um pequeno bosque de pinheiros, com muitas trilhas curtas. Após um parque aquático atravessei a ponte que cruzava a entrada de uma lagoa que se juntava ao oceano. Uma ponte romana, restaurada no período medieval, cruzava parte da água até o local de desmoronamento. Na cidade de Fertilia existia um monumento na beira da água que comemorava o recebim
ento dos aproximadamente 600 exilados em 1947 que vieram da Ístria e da Dalmácia. Imagino que fossem habitantes de descendência italiana que foram surpreendidos pela formação da Iuguslávia no final da Guerra. A consulta no Google mostrou que o Tratado de Paris retirava essas áreas da soberania italiana e obrigava os moradores a procurar abrigo em outras partes da bota. Ao dar os primeiros dez passos na estrada de acostamento inexistente, reparei na ciclovia paralela ao as
falto, o que diminuiu bastante a tensão. No final da via ciclística entrei numa rua que ia na direção do oceano e cheguei na praia Lazzaretto. A partir daí tinha início a floresta que pretendia visitar. O primeiro portão avisava que a entrada deveria ser feita apenas pela bilheteira e apresentava um endereço. Continuei em frente e vi outro portão aberto, sem a mensagem. Decidi verificar e pude percorrer 200 metros facilmente. No entanto, após o primeiro cruzamento de tril
has, o mato começou a avançar sobre o caminho, que ficou bastante apertado. Percebi que o melhor seria retroceder, mesmo porque imaginava que não ir ver nada interessante, além das belas árvores. Pelo asfalto cheguei na pequena Porto Conte e me surpreendi com a visão de uma torre de defesa de 1572 que havia sido transformada em museu. E o homenageado era ninguém menos que o escritor Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe entre outros livros. O painel inform
ativo dizia que ele viveu dois meses ali, antes de desaparecer no Mediterrâneo, em uma missão da aviação francesa durante a guerra. Duas de suas obras foram desenvolvidas em Porto Conte e uma bela escultura adornava os jardins do museu MASE ilustrando o escrito mais famoso. A pequena reunião de construções ficava na extremidade de um cabo cercado pelo mar. Era o sinal para fazer o longo retorno pela rota conhecida, tendo entrado no quarto às 20:00 h completamente moído.