09/jun/17Calendário 11/jun/17


Iraklio - sáb 10/jun/17 (147 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Escadaria para o hotel - IraklioOntem à noite o banheiro começou a exalar um odor fétido, com esgoto regurgitando pelo ralo da pia, o que o tornava praticamente inutilizável. Desde o primeiro dia a torneira já vinha apresentando vazamento quando era utilizada, inundando o centro do cômodo. Era apenas mais um inconveniente que transformou a ideia de hospedagem aqui num terrível engano. Teria sido mais inteligente passar seis noites na capital, que ficava a apenas 15 quilômetros de distância. Para completar a estada na costa norte havia reservado duas diárias em Iraklio e para a mudança iniciei a caminhada até aHotel Pasiphae - Iraklio estrada às 8:20 h, após devolver a chave na recepção e perceber que a rede do hotel que pretendia acessar pela última vez não estava funcionando. A subida com dez quilos de mochilas até a parada de ônibus foi um pouco mais cansativa do que há dois dias. Comprei uma passagem no bar vizinho à beira da rodovia, mais para saber o horário de saída do que por necessidade, já que o cobrador, que entrou dois pontos à frente, aceitava pagamento em dinheiro. Pela indicação do bilhete teria 20 minutos de espera, porém em menos de 60 segundos passou um motorista apregoando seu destino coinPiscina cerimonial - Knossoscidente com o meu. Perguntei ao bilheteiro sobre a possibilidade de descer antes do ponto final, quase na porta na nova hospedagem e logo me arrependi. Além de ter que pegar a mochilona no bagageiro, pelo que não sei se o condutor ficaria muito satisfeito, chegaria ainda mais cedo à recepção. O funcionário não veio oferecer a gentileza e eu não reclamei, apesar de outras pessoas terem saído em paradas anteriores. A passageira da minha frente chegou a dar o sinal e pedir para descer mas acho que estava perto demais do terminal e eles não pararam. Cheguei às 9:15 h e caminhei o quPropileo, entrada solene - Knossosilômetro, enfrentando 150 degraus de uma escadaria. Na recepção não tive a sorte de outros locais e precisei deixar a bagagem numa sala até as 14:00 h. No dia em que visitei o Museu Arqueológico comprei um bilhete combinado que incluía a visita ao Palácio de Knossos (leia nossós) porém ele só era válido por três dias, o que me obrigava a visitá-lo hoje, ao contrário do que pretendia. Após consultar a ótima internet no térreo por 20 minutos voltei à rodoviária para pegar a condução porque não pretendia caminhar os sete quilômetros como fiz da primeira vez há alguns anos. DesenconAposentos reais - Knossostros em série me deixaram irritado e achei mais fácil ir à pé. Logo que saí da recepção dei de cara com um ponto de ônibus local com máquina de venda automática de passagem. Com auxílio das explicações em inglês comprei uma para as ruínas. Só mais tarde fui perceber que a condução não passava por aquela parada. Entrei no ônibus seguinte imaginando que o motorista fosse me dizer onde fazer a transferência mas ele me deixou no próximo abrigo, que já havia passado do terminal rodoviário. Em vez de retornar um pouco e pegar o caminho certo resolvi ir em frente por uma rota tortuosa Aposentos reais - Knossosem que fui ultrapassado pelo veiculo em que deveria estar. Cheguei na praça central e também por lá não passava a linha, cuja continuação não tive condição visual de identificar na curva. Já estava saindo do centro e esperei em mais um ponto por onde imaginei que trafegasse o bendito. Nem sinal dele. Foi a gota final para decidir iniciar a caminhada. Se houvesse resolvido desde o começo teria economizado trinta minutos de idas e vindas incertas. Passei por uma feira livre que me incomodou mais ainda já que os velhos puxando carrinhos de compra não permitiam andar pelas estreitasForte veneziano - Iraklio aberturas entre as bancas. Para terminar um carro resolveu estacionar onde eu estava parado escrevendo no celular e armar um carrinho de bebê exatamente do meu lado. Outra dificuldade foi a sinuosa rota que o GPS resolveu traçar. Além das centenas de curvas que deveria fazer a cada poucos metros meu cérebro não conseguia se adaptar à posição invertida do posicionamento do mapa e estava sempre virando para o lado errado. E os motoristas teimavam em estacionar em fila dupla grudados em mim sempre que parava para datilografar alguma coisa. Parecia uma conspiração para me fazer desEstaleiro veneziano - Iraklioistir da visita. E ainda tinha as motos subindo na estreita calçada para desviar do trânsito parado à espera da abertura do semáforo para atravessar uma rodovia. Depois de vinte minutos seguindo o traçado caótico entrei numa rua mais ou menos reta e sem movimento para chegar perto do parque. Não entendia por que o mapa eletrônico insistia em me manter longe da via principal. A única razão que imaginei foi para evitar que eu avistasse os ônibus que vinham do centro e que não havia conseguido pegar. Perto do final resolvi me rebelar contra a sugestão e fiz um desvio para a avenidaPrefeitura na Loggia veneziana - Iraklio paralela. Além de direto, o caminho tinha amplas calçadas dos dois lados a menos do último quilômetro em que a via se transformou numa estrada movimentada e sem acostamento. Iniciei o passeio ao meio-dia, duas horas mais tarde do que havia acreditado possível quando a viagem terminou pela manhã. Em duas horas visitei as ruínas que continuavam como eu lembrava da vez anterior em que nelas estive. O Palácio de Knossos foi o maior e mais importante da civilização minóica e continha todos os elementos dos demais, com a mesma distribuição. Uma praça central dava acesso a todos os amFonte dos Leões - Irakliobientes, de um lado os Aposentos Reais e a área nobre e ao redor as construções de suporte, como oficinas e armazéns. O sítio arqueológico foi descoberto no final do século XIX e explorado a partir de 1900 pelo arqueólogo britânico Arthur Evans, que fez uma série de reconstruções em concreto, duvidosas e polêmicas segundo os estudos atuais, porém que já se tornaram irreversíveis e incorporadas ao folclore local. Aproveitei a passagem não utilizada na ida para voltar ao centro e, assim que iniciei a caminhada para o hotel, o chinelo deu o último suspiro. Já havia tido sinal anterMuralha - Iraklioior porém achei que ainda fosse aguentar bastante, tanto que nem carregava o par sobressalente. Tive que andar vinte minutos descalço, tentando encontrar sombras para não queimar demais os pés, só alcançando parcialmente esse objetivo. Na recepção o Vassislis me registrou e disse que, por estarem lotados, o quarto que sobrou pata mim não teria varanda. As condições essenciais que eram o wifi, o banheiro interno e a geladeira estavam satisfeitas e não fazia questão de trocar se houvesse uma vaga amanhã. De qualquer forma o quarto era minúsculo mas adequado e não acreditava que osMuseu de História Natural - Iraklio outros diferissem muito. De chinelo novo saí às 16:00 h para adiantar a visita expressa pela cidade. Pegando a avenida em que aportam as grandes balsas para travessia entre as ilhas atingi o porto veneziano com o belo forte edificado sobre o molhe. Do outro lado da via ficavam os estaleiros e, logo a seguir, a principal rua do centro, que passa pela maioria dos monumentos. Passei pela Igreja de São Tito, o primeiro bispo de Creta, em que só se entrava de calça comprida. Em seguida entrei na Loggia, clube dos mercadores venezianos do século XVI, onde atualmente funciona a prefeiMuseu Histórico - Irakliotura. Na vizinha Igreja de São Marcos foi instalada a Pinacoteca e a atração principal, a Fonte dos Leões, também construída quando os colonizadores de Veneza dominavam a ilha, era o centro de referência. Aproveitei para atravessar um portão aberto nas imponentes muralhas para me certificar na estação secundária de ônibus que a ligação para o próximo destino sairia no horário que imaginava. Voltei ao litoral observando os edifícios que abrigavam o Museu de História Natural e o Museu Histórico. Com o circuito completo só faltava entrar no supermercado mais próximo da pousada.