Desci às 7:30 h para experimentar o café da manhã incluído na diária e descobri que não vale a pena perder qualquer outra atividade por causa dele. Ainda não decidi a respeito das viagens para locais próximos, mas estou bastante resistente. Quem sabe com a tentativa de caminhada pelas praias da redondeza tenha algum empurrão mais forte. Iniciei o passeio pela orla na saída da hospedagem e entrei no quebra-mar que envolve o porto. Da ponta perto do farol se tem uma visão incrível da cidade esparramada pelo morro mas as pedras ao molde de Kalamata que estava procurando não existiam. O desvio seguinte veio logo à frente onde surge uma curta calçada que atravessa o mar e leva à ilha de Kranae em que as únicas construções relevantes são uma pequena igreja, um pequeno museu e um pequeno farol. Ligando os pontos dava para discernir um caminho entre os pinheiros do bosque que cobre a ilhota. Também aqui as pedras que entravam na água não pareciam convidativas. Peguei uma ladeira na saída da cidade para entrar na estrada que passa pela longa praia de Mavrovuni. Em menos de um quilômetro apareceu um acesso à faixa de areia ao longo da qual se estende uma estrada de terra que serve de rua principal do balneário espaçoso. Segui até a metade do caminho, enquanto a areia que cobria a via não era muito fofa e depois deu preguiça de continuar até o morro que define o final da praia. Retornei pelo mesmo itinerário apenas fazendo um desvio na subida do povoado de Mavrovuni para conhecer o Castelo em ruínas no topo da colina. Na volta para o centro pude admirar do alto a cobertura vegetal da ilhota e atravessei a orla para o outro lado. A avenida segue pelo litoral onde pude identificar alguns pontos razoáveis se candidatando a me abrigar nos próximos dias. Já não pensava tanto em sair da cidade em viagens rodoviárias incertas e estava cada vez mais convicto de passar o tempo em Gythio na beira do Golfo da Lacônia, definido por duas das três penínsulas em forma de dedo do sul do Peloponeso. Pretendia terminar o dia mais cedo porém encontrei uma placa apontando para o teatro antigo. Gythio foi o porto de Esparta na época das cidades-estado, destruído no início da era cristã por um terremoto. Como estava perto passei na rodoviária para verificar as condições para me transferir para a base seguinte na quarta-feira. Acho que foi uma boa ideia porque me alertou da possibilidade de lotação do transporte. O simpático vendedor entrou em contato com Trípoli, a cidade em que terei que fazer conexão, para saber dos horários que, no entanto, ainda não estavam definidos. Ele fez a reserva do trecho inicial e fiquei de voltar no começo da semana para confirmar a segunda etapa. Também fui lembrado de que escolhi um dos principais feriados gregos para fazer a mudança. Parece, contudo, que isso não afeta muito o transporte coletivo.