Mais um dia de bastante sol. Após o café da manhã atrasei um pouco a saída porque desejava passar no escritório de turismo, que abre às 9:00 h, para verificar a existência de ingresso para combinações de mais de uma atração turística. O cartaz na porta informava que ainda estavam fechados, porém uma italiana apressada e mais esperta do que eu correu na minha frente e a porta se abriu. Realmente, o melhor era o que havia pesquisado na internet, porém só comercializado no Museu de Arqueologia, que começaria a funcionar uma hora mais tarde, justamente o que queria evitar. Para justificar sua atribuição, a atendente fez o mesmo rabisco no mapa colorido, como acontecera no primeiro dia na cidade. Enquanto o museu não abria, fui dar uma volta pela passarela do lado externo do Forte Santelmo, junto ao mar. Era um local agradável, isolado e tranquilo, com muitas pedras para tomar sol. Fiz todo o contorno e verifiquei que existia uma travessia de barco em horários regulares para o outro lado do Porto Grande, conhecido com as Três Cidades. Não tinha certeza a respeito da prestação deste serviço porque havia uma outra forma de cruzar o estreito em barcos tradicionais, de origem provavelmente fenícia e lembrando uma gôndola, em que era preciso aguardar por determinado número de passageiros. Como estava por perto no momento correto, subi ao Jardim Barrakka Superior, um mirante em que todo dia acontece uma salva de um tiro para marcar o meio-dia e outro às 18:00 h. Havia um Museu de Guerra que dava acesso VIP ao andar dos canhões, em um dos quais um soldado faria o disparo, porém o grosso da assistência acorria ao terraço acima, com entrada franqueada a todos. Estava me dirigindo ao destino principal do dia e passei na porta do hotel, que fica ao lado do jardim. Após alguns passos resolvi retroceder e subir ao quarto para carregar a bateria, que já estava quase pela metade. Em breve terei que resolver este problema e uma busca na rede ontem mostrou que existem capas que duplicam a carga. Após uma hora de carregamento, voltei para a rua no sentido do Museu de Arqueologia, instalado no antigo Albergue de Provença. Expliquei para o bilheteiro minha necessidade e, depois de uma breve explanação do funcionamento do sistema, paguei com o cartão VTM o meu ingresso válido por 30 dias para entrada em várias atrações na ilha principal e em Gozo, a menor, para onde vou em alguns dias. Também fui informado da existência de um guia para o celular. Usando o wifi gratuito da instituição e o programa para ler código QR que herdei das desventuras de Roma, instalei o aplicativo que discorre sobre fatos relevantes de cada sala e vitrine. Inicialmente achei que não teria paciência de tirar fotos, criar as legendas e ainda ouvir palestras, tudo ao mesmo tempo. Contudo, o método, depois de apreendido, se mostrou extremamente interessante. Acho que todas as informações ouvidas poderiam ter sido lidas nos cartazes, o que estava tentando fazer nos primeiros painéis e percebendo o longo tempo que levava para absorver cada detalhe. Ouvir a narração ficou bem mais simples e eficiente. É era moderno! Cada vez fica mais claro o papel central que um aparelho pequeno exerce no cotidiano. Já é um instrumento imprescindível para atos triviais. A visita foi muito importante para esclarecer o passeio de ontem no Hypogeo, que ficou mais bem contextualizado na história do desenvolvimento humano. Foi uma ótima aula. Tive que exercer grande controle para não avançar sobre os itens da livraria. Não sei como vou sair daqui carregando tanta coisa interessante.