08/jun/18

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10/jun/18

Desci às 7:20 h para experimentar o café no refeitório do térreo. Não tem muita variedade mas estava muito bom. Dá para desfrutar da conveniência nas próximas manhãs. Em dez minutos havia terminado e voltado ao quarto para continuar sem fazer nada por mais algum tempo. Ao contrário de todo o bom senso lutei para encontrar o sono novamente. E consegui. Como não poderia deixar de ser, acordei imprestável e lentamente me preparei para sair às 11:00 h. A parada inicial foi no ponto de ônibus intermunicipal que fica perto do hotel. Pretendia pegar uma tabela de horários para a área de Maratona e de algumas praias daquele lado da região da Ática. Claro que não havia nada disponível e os funcionários, longe de simpáticos, não ajudam em muita coisa. Entrei no Parque Areos (leia Áreos) que fica ao lado. Cada vez mais ele se transforma em paraíso dos desabrigados. Mesmo apesar do descuido ele estava muito florido e cheiroso. Voltei para o centro e parei na Praça da Liberdade por alguns minutos. Ali perto fica um bairro do tipo do Bom Retiro em São Paulo, com muitos olhos puxados e lojas de confecção. Um passeio que pretendia repetir era a visita das colinas oocidentais, que ficam de frente para a Acrópole. Não é um lugar muito procurado por turistas e bastante tranquilo. São três montes em seqüência onde, segundo a lenda, teve lugar a batalha entre Teseus e as Amazonas. Não escalei o Monte das Ninfas, em cujo topo fica o Observatório Nacional de Atenas. Os degraus que subi me levaram ao vizinho Monte Pnyx, onde os atenienses se reuniam dez vezes por ano para discutir e decidir sobre os assuntos da cidade. Os cidadãos desde o século VI a.C. sentavam num semicírculo ao redor da Plataforma do Orador, de onde falavam os expoentes da democracia da época como Temístocles, Demóstenes e Péricles. Os estudiosos desvendaram as várias fases de construção e as descrições e esboços das prováveis configurações estão espalhados em painéis por todo o complexo arqueológico. A terceira elevação é o Monte das Musas, mais conhecido por Monte Filopapus, nome de um governador romano que erigiu seu mausoléu na parte mais alta. É também o de maior altura dentre os três e o GPS indicava desníveis de mais de 150 metros nas diversas trilhas e calçadas pavimentadas por que andei. As vistas panorâmicas da cidade são exuberantes, tanto da cidade nova como da histórica e das cadeias de montanhas que envolvem a capital grega. Apesar de ter começado o dia de forma preguiçosa, parece que já retomei o ritmo das caminhadas. Voltei para o hotel para tomar um merecido banho depois de muito exercício. O chuveiro é muito bom e só falta uma luz mais forte para iluminar também o box, que fica uma escuridão com a cortina de plástico fechada. A internet lenta de hoje exigiu alguma paciência e diversas tentativas interrompidas, além de troca do serviço entre os roteadores dos andares acima e abaixo do meu. Todas estavam ruins e muito instáveis. Estou no segundo dia da sequência de fotos sem problema. Será que a dificuldade era no cartão de expansão de memória?