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| Gotemburgo - sáb 09/ago/25 * 29,58 km * (53 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Acordei com o céu mais limpo e o frio continuava intenso. Apesar da preguiça sempre presente, decidi deixar o hotel mais cedo para tentar ver o trem de Oslo partindo da estação e confirmar o local da saída por causa da dúvida que a passagem comprada na internet suscitou. Após dois quilômetros de caminhada, deu para ver com os próprios olhos o trem estacionado na plataforma aguardando os passageiros, o que me dei
xou mais seguro. Também não havia indicação de numeração de assentos do lado de fora dos vagões, outro fator indicativo de que estaria no lugar certo na terça-feira. Atravessei uma enorme área em construção para chegar ao Rio Göta, que cortava a cidade e desaguava num estuário com muitas ilhas. Talvez os trabalhos de reforma da região tivessem a finalidade de aproximar o porto e o rio do centro e diminuir o isol
amento, tornando o local mais turístico. Diversos barcos atracados funcionavam como restaurantes e uma bela escuna era também hotel. A nave da marinha sediava um museu. Estava tudo pronto para receber os visitantes. Faltava apenas curar a cicatriz da linha férrea que separava as duas zonas e colocar um pouco mais de tradução para o inglês. Continuei seguindo o rio, passando pela parte chata do porto de embarque
para Frederikshavn na Dinamarca e Kiel na Alemanha. Em seguida surgiu a bela Capela de Santa Brígida, de 1847. Não deu para entrar porque um casamento estava sendo realizado, mas ouvi a marcha nupcial. Na sequência passei por um portão que indicava uma zona industrial. Fiz a conexão com um cartaz que li num parque ontem que dizia que a lei sueca exigia a passagem livre por todos os caminhos do país. De fato, out
ras pessoas atravessavam a grade aberta e parecia normal passar por propriedade privada. Apesar da ressalva de que se tratava de área de indústrias, as casas idênticas de madeira estavam assinaladas com nomes de estabelecimentos comerciais, notadamente do setor tecnológico. O bairro seguinte era totalmente residencial, com todos os lotes protegidos por cercas de madeira ou arbustos. Cheguei em Salthomen, o porto
para as ilhas do arquipélago sul. Havia reservado um dia para fazer esse passeio, porém ainda estava em dúvida se o clima justificaria o risco. Ao menos os barcos eram fechados e não me malharia na travessia. Acabei tirando o casaco pouco antes do destino, contudo não aguentei as rajadas geladas e fui obrigado a recolocá-lo. O mapa eletrônico indicou um percurso praticamente reto para o centro, acompanhando a l
inha do bonde. O lado da avenida em que estava era ocupado por um condomínio residencial fechado atrás do outro. Todos tinham o mesmo muro alto de madeira, que não permitia visão do interior. No entanto, talvez em cumprimento da lei dos caminhos livres, as entradas não tinham portões nem vigilância. Não fosse a ventania gelada, o dia teria sido perfeito. A previsão para amanhã parecia não apontar mudança relevante.