08/ago/24Calendário 10/ago/24


Pécs - sex 09/ago/24 * 19,77 km * (78 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

Pátio no centro - PécsSem muita disposição ou ânimo para conhecer a nova cidade, saí do hotel às 9:00 h, sob um céu bastante nublado e com vento frio. Cheguei a pensar na possibilidade de voltar para pegar o casaco, mas achei exagerado e imaginava que o ar fosse aquecer durante o dia. Tinha uma parte bastante azul que permitia ter esperança. Comecei a andar pelo centro, admirando os belos edifícios clássicos bem conservados. Cheguei na praça principal com muitos monumentos Teatro Nacional - Pécse sentei em uma mureta para observar o movimento. Alguma coisa não estava funcionando. Apesar do local agradável e bem cuidado, não sentia vontade de continuar a visita. Achei que o fato de serem poucas as informações em inglês era responsável em parte pelo meu sentimento. Talvez o cansaço e a idade também pudessem ser mencionados. Decidi levantar e sair andando. Depois de atravessar o pouco que restou da muralha no Portão de Buda, continuei até o BairChaminés do centro cultural - Pécsro Cultural. Em 2010 Pécs foi capital europeia da cultura e uma das consequências foi a transformação de uma região industrial do final do séc. XIX em centro de artes com várias fábricas sendo adaptadas para receber pavilhões de exposição e museus em diversas especialidades. Um excelente exemplo que poderia ser usado em São Paulo com as Indústrias Matarazzo e os galpões da Moóca. Aos centros produtores de luvas e cerâmicas com suas imponentes chaminés,Centro cultural - Pécs foi incorporado um edifício moderno que, em suas paredes externas de concreto, intercalava azulejos produzidos pela manufatura de acordo com os desenhos criados pelos visitantes daquele ano. Aparentemente toda a região foi aos poucos sendo adquirida dos artesãos de argila e produtores locais de tijolos após 1850 para compor a propriedade da família Zsolnay, que dava nome ao centro. Além das plantas industriais, também foram construídas residências Esfinges no Centro cultural - Pécspara os parentes, tudo entremeado pelos amplos jardins adornados com peças produzidas pelo império industrial da dinastia, que se tornou o maior do país. Havia lido inclusive uma menção ao Parlamento em Budapeste. Talvez parte da cerâmica tenha sido produzida nas antigas fábricas. De fato, uma pesquisa no Google revelou que os produtos desenvolvidos pela marca ficaram famosos no período do estilo Art-nouveau na virada do séc. XIX para o XX, devido ao uCentro cultural - Pécsso de técnicas inovadoras e sigilosas. Vários dos monumentos cobertos por azulejos coloridos que vinha vendo na Hungria, como o Parlamento, a Catedral de Buda, o Museu de Artes Aplicadas e tantos mais, usavam produtos de origem Zsolnay. As grandes reformas que estavam acontecendo em Buda também haviam utilizado especialistas da manufatura, especialmente na reformulação do monumental Salão de Santo Estêvão, com sua magnífica lareira. Não me conformava qParque Balokány - Pécsue uma cidade não tivesse um rio e, após o Bairro Cultural, fui atrás na mancha verde do mapa que aparentava apresentar dois riscos azuis bem finos. Como sempre no início dessas minhas aventuras esquisitas, tudo estava normal. Pouco adiante as ruas começaram a ficar mais esburacadas e, eventualmente, foram substituídas por solo de mistura de pedras e areia. Estava seguindo uma húngara que parecia voltar para casa após o mercado, portanto, aquele canto Teatro - Pécsera transitável. Mas chegou o fim da rua e tinha início um região mais selvagem. Perguntei para um casal se dava para continuar por ali, mas claro que eles não entenderam nada. Passei por uma cancela, que me fez temer estar entrando em propriedade particular e acabei no meio de um emaranhado de tubulações enormes. Dava para ver veículos trafegando à frente e, efetivamente a trilha terminava numa estrada vicinal. Daquelas movimentadas e sem acostamento.Sinagoga, 1869 - Pécs Após meia hora de caminhada desconfortável, entrei na região mais civilizada e adimiti o fato esquisito de que a cidade não tinha rio. Retornei ao centro histórico para conhecer as construções localizadas em torno da Catedral. Não cheguei lá, no entanto. Fui para o outro lado e vi a Igreja de Santo Agostinho, em cujo terreno ficavam as ruínas do templo de São Miguel. Segui ao longo de um trecho da antiga muralha e retornei à praça central para observaMesquita na praça central - Pécsr os prédios da prefeitura, da galeria Nádor, duas mesquitas que serviam de lembrança da dominação otomana, a grande Sinagoga e seu museu e muitos monumentos de personalidades históricas, infelizmente, sem a devida identificação em inglês. Tive que fazer muitas suposições, como a do filho do Rei Matias Corvinus a cavalo. Eles apenas usavam o nome húngaro para a família, Hunyadi. Corvinus era um cognome derivado da presença de um corvo no brasão familiar.