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Paris / São Paulo - ter 09/ago/22 (30 fotos)Mais fotos:ÁlbumSlide showVídeos

De partida - ParisLarguei o cartão na caixa apropriada às 7:00 h e fui aguardar os 8 min pela chegada do bonde na manhã gelada de Paris. Seria muito trabalhoso tirar o casaco da mochilinha e desarranjar toda a arrumação cuidadosa por alguns minutos de conforto. Em 15 min descia na parada Cidade Universitária para atravessar a rua e entrar no terminal de onde partia o trem para Orly. Foi aí que começou a confusão. Para evitar a bilheteria automática, fui pedir a passagem para uma pessoa. Nem sabia se ela seria vendedora ou estava ali apenas para dar informações. A resposta foi totalmente inesperada. Ela disse que não havia trem para Orly e que deveria voltar para a avenida, fazer algumas curvas e pegar o ônibus. Imaginei que pudesse ser algum problema temporário e retornei para a rua, sem querer discutir muito. Teria então que descobrir de onde partiria o ônibus. Inquri um jornaleiro que estava abrindo sua banca e que, com toda a boa vontade de um legítimo francês, me mandou continuar andando. Ao atravessar a primeira esquina vi um veículo com o destino procurado estampado no visor eletrônico. Obviamente não esperava entrar ali, no meio da rua, mas poderia ver o trajeto que ele percorreria. Como fez a curva no cruzamento seguinte, fiquei sabendo que direçRio Loire - Paris-Lisboaão tomar. Pude logo ver a aglomeração, que não tinha mais que 20 pessoas. Em 10 min se aproximou outro carro, já lotado. Aparentemente eu estava no meio do caminho. Fui espremido junto com os demais e descobri que o motorista não vendia o bilhete. Teria que validar um pré-comprado ou aproximar o cartão de crédito do aparelho. Nem tentei. Faria a viagem de graça, como quem não queria nada. O trajeto não era longo e não havia outras paradas. Em 20 min cheguei no terminal. Enquanto aguardava o ônibus na calçada, percebi que havia feito o pedido errado para a vendedora. Lembrei que o destino do trem metropolitano não era o aeroporto, mas somente a estação Antony, de onde saía o comboio gratuito. Inês era morta e fui dos primeiros a sair da lata de sardinhas, já que havia sido dos últimos a entrar. No meio do tumulto dos terminais visualizei o logo da TAP e segui até lá. Mais uma vez o acúmulo de milhas mostrou benefício. Pude evitar a fila da classe econômica e usar o balcão dos passageiros Premium, que estava vazio. A francesa despachou a mochilona, de 14 kg, amarrando várias vezes todas as tiras soltas. Vou ter trabalho na hora de recuperar a bagagem. A diferença de peso, de 8 kg em relação à vinda, me surpreendeu e acho que se devia unicAproximação - Lisboaamente a produtos literários. Não lembro de ter colocado outras coisas lá dentro. A mochilinha engordou somente um quilo. Tudo estava pronto às 8:00 h para o voo que não sairia antes do meio-dia. Passei sem problemas pela verificação do raio-x, tendo paciência para aguardar todos que levavam itens proibidos e atrasavam a fila. Fui direto ao portão já definido, lembrando que o meu embarque teria que aguardar os voos anteriores. O lugar vazio ao meu lado na sala de espera foi ocupado por uma portuguesa que não parou de conversar com suas companheiras numa mistura de francês e português. As pessoas sempre acham assunto. Hoje tinha mais um menor desacompanhado de castigo. O embarque foi meio confuso. Com a minha condição Silver fui o primeiro a entrar, mas várias foram as barreiras ao longo da ponte. Acho que foi porque eles estavam reabastecendo. A aeronave Airbus A321 neo, de três assentos fixos de cada lado do corredor, estava com lotação quase completa. Hoje era dia de ficar ao lado de conversadores inveterados. Já estava ficando desesperado quando minhas vizinhas francesas encontraram cadeiras vazias na última fila. Nunca fiquei tão agradecido. Com 20 min de atraso o capitão levantou voo para cumprir o trajeto em duas horas. Com isso tPousando - Lisboaeria quatro horas antes da saída do trecho final. Logo após a decolagem teve início a venda de comidas e bebidas, de acordo com os preços anunciados no cardápio. Mesmo duas fileiras para trás foi possível, durante os primeiros minutos de voo, ouvir as duas cacarejadoras em ação. Finalmente cansaram. Deu para identificar a cidade de Nantes e a foz do Rio Loire no início do sobrevoo da Baía de Biscaya. Às 13:30 h o capitão pousou em Lisboa, faltando três horas e meia para o voo seguinte. Foi necessário pegar o ônibus, apesar de o avião ter encostado no edifício. Com o passaporte devidamente carimbado estava oficialmente fora da Europa às 14:00 h de Portugal. O portão do próximo embarque seria anunciado somente às 15:30 h e pude escolher entre as diversas salas de espera pouco movimentadas. Aproveitei o tempo livre e a ótima rede Wi-Fi do aeroporto de Lisboa para enviar algumas informações para o diário. Mais um embarque complicado. A entrada no Airbus A330 neo estava marcado para 16:00 h, mas atrasou, por alguma razão desconhecida, em uma hora. Pelo menos foi melhor do que o cancelamento de ontem. O pouso foi às 23:15 h. Não havia tempo para pegar o trem, que só funciona até a meia-noite. A solução era o táxi ou a espera até o amanhecer.