A distância de mais de quarenta quilômetros entre as extremidades da ilha torna os passeios para a outra ponta mais difíceis. Essa é uma das razões porque achei melhor dividir a permanência em Kos em dois momentos. O segundo tem início hoje com a mudança da base para Mastichari (leia mastirrári) no meio do caminho. Também deve facilitar o fato de ela ficar mais próxima da ilha de Kálymnos, a parada seguinte no itinerário, após curta travessia de barco pelo estreito. Há varias ligações rodoviárias diárias e escolhi a das 10:30 h, que não requer saída cedo demais e a chegada é mais perto da hora de registro. Avaliava em uma hora o tempo necessário para completar o percurso e saí do hotel com antecedência de cincoenta minutos para caminhar os quinhentos metros até a rodoviária improvisada numa praça. Condução para vários destinos saem no mesmo horário e um motorista direciona os passageiros aos carros, pela impressão que me deu, de acordo com a procura. O meu também ia para o aeroporto e saiu lotado. Os gregos são muito folgados e cada um pega dois assentos e segura até o último momento possível. E o condutor ainda para no percurso para deixar novos viajantes entrar. Cheguei antes do planejado e andei mais quatrocentos metros até o hotel sem muita esperança de ser admitido tão cedo. A Fileta (?) estava passando lençóis e me recebeu. Após falar com o marido pelo telefone disse que o quarto estava pronto e me conduziu para o primeiro andar. O apartamento é pequeno mas aconchegante e simpático, com todas as necessidades. Na falta de uma, existem duas redes de wifi, mas a velocidade não impressionou muito. Pelo menos funcionou nos dois computadores. A dificuldade ficou por conta da única tomada do quarto, posicionada num local inconveniente. Além de receber meu pagamento a proprietária me ofertou cinco dos pequenos figos que aprendi a roubar ao largo dos caminhos. Diz que vêm da fazenda próxima e o marido pode trazer todos os dias. Ao meio-dia e meia saí para reconhecer as redondezas e, com sorte, achar uma praia adequada. A atividade mais premente, no entanto, era resolver a questão do deslocamento para Kálymnos. No porto descobri que além da companhia que havia pesquisado, existe uma exclusiva para pedestres que utiliza barcos mais rápidos. Velocidade não é de vital importância num trajeto tão curto, contudo era a única que estava com o guichê aberto. Deixei para definir um pouco mais para frente e fui em busca da praia. Mastichari é um balneário no estilo dos dois que visitei ontem, com a vantagem de ter pouca gente. Mesmo na praia organizada mais central a lotação não é tão absurda. Existem faixas de areia para os dois lados do centro e a da direita, depois da região mais frequentada, continua por alguma distância até a presença de um penhasco interrompendo a continuidade da caminhada pelo seco. Nessa área o solo, inclusive, é predominantemente forrado por pedras, com menos algas e areia do que alguns metros atrás e foi o recanto escolhido para passar o resto do dia. Apenas no final da tarde o movimento começou a aumentar um pouco, com os turistas se exercitando antes do jantar. O apito final foi dado às 16:30 h, com a subida da maré à proximidade exagerada. A internet está se comportando razoavelmente bem.