O sol brilhante emprestava novo ânimo ao início do dia. Após um desjejum farto saí do hotel às 8:15 h com a intenção de dar a volta em parte da baía até chegar nas cidades de Sliema e St. Julian. O casaco ficou no quarto. Depois de atravessar as muralhas, o fosso e a Praça do Tritão, tinha início a cidade de Floriana, com um longo jardim como espinha, adornado por bustos de personagens políticos e muitos canteiros floridos. Ao final, após a Igreja de St. Plubius, um parque botânico foi construído sobre as fortificações da cidade que divide a península com a capital. As cidades nesta região não tinham limites muito definidos para o olhar leigo, apenas umas placas de boas-vindas indicavam a alteração de algumas localidades. Desta forma, para atingir meu objetivo tive que atravessar diversas comunidades, que seriam mais como bairros de uma cidade grande. Floriana, Pietá, Msida foram as intermediárias, para então entrar nas mais turísticas. Pela maior parte do trajeto estive margeando a costa da baía que se reparte em diversas entradas de mar. Sempre com muitas marinas abrigando desde iates enormes até pequenos pesqueiros e muito barcos de turismo e de passeio. Os calçadões tinham grande quantidade de quiosques e banquinhas revendendo os mesmos pacotes para costear partes da ilha ou conhecer o resto do arquipélago. Apesar da elevada concentração de turistas, o movimento dos vendedores não parecia muito intenso. A maior parte do caminho que percorri poderia ter sido encurtada pelas balsas que faziam a travessia constante no ponto em que as margens estavam mais próximas. Eu contudo, para chegar do mesmo lugar, tive que percorrer vários quilômetros adicionais, o que já estava previsto e era intencional. O intervalo entre a ponta de Sliema e a de Valeta oferece a passagem para o mar aberto e fortalezas foram construídas de ambos os lados. Um grande centro comercial e muitos edifícios residenciais ocupavam este trecho e dificultavam o acesso ao mar. Não foi possível fazer a volta completa por causa das obras. Talvez, num futuro breve, seja viável terminar todo o contorno de forma contínua. Malta tem poucas praias de areia e as pessoas tomavam sol sobre as diversas lajes de pedra. Como em outros lugares da Europa vários clubes ocupavam a orla oferecendo todo o tipo de atividade para seus frequentadores. O retorno também foi seguindo o litoral, apenas em sentido inverso ao da ida. O passeio de hoje não incluiu nenhuma visita, apenas exercitou as penas e alimentou os olhos. Com uma quilometragem ligeiramente maior do que a dos dias anteriores, resolvi deixar para outra oportunidade a visita de novos atrativos da capital e voltei um pouco mais cedo para o hotel, para aproveitar o banho por mais tempo. A instalação hidráulica era antiga e tenho tido dificuldade de regular a temperatura da água. As demais hospedagens foram mais estreladas neste quesito.