Com o céu totalmente encoberto ao acordar às 7:00 h, e depois às 8:00 h, fiquei na cama mais uma hora para juntar coragem de sair. Não havia nenhuma viagem longa planejada para o dia, que estava reservado para caminhadas pela cidade e análise das possibilidades de visitas. A metereologia ainda garantia ausência de chuvas na parte da manhã mas, após o almoço os episódios de garoa deveriam ter início. Por vários dias. Sai às 9:30 h para enfrentar o percurso inicial de quatro quilômetros até o centro. Na mochila troquei as toalhas e o creme protetor solar pelo casaco. Resolvi fazer um percurso novo andando pelo outro lado dos trilhos para não repetir o que já havia experimentado. Além da grande volta que tive que dar as obras também tomavam conta daquela parte e desvios e vias sem saída foram frequentes. Ao chegar ao terminal ferroviário principal resolvi definir de uma vez a última viagem para Roma, de onde partiria o voo para Portugal na semana que vem. Surpreendentemente a primeira bilheteria em que fiz a tentativa já aceitou o cartão e estava com uma providência a menos a ser tomada. Como não pretendia entrar em nenhum monumento passei a primeira metade do dia apenas apreciando as fachadas e aproveitando o tempo seco. Na metade da manhã cheguei a entrar na fila para visitar a Catedral porém, ouvindo uma funcionária de turismo sugerir que o movimento era bem menor na hora do almoço, decidi seguir o conselho. Continuava com muita dúvida em comprar o passaporte válido por três dias para todos os principais museus e construções e o tempo instável, que deveria incentivar as visitas, apenas me deixava mais incerto ainda. Adiei a resolução por um dia e continuei a dar voltas no centro histórico, analisando os prédios em que eventualmente entraria a partir de amanhã. Na hora do almoço voltei para a estação de trem bastante desanimado, mesmo com o clima razoavelmente camarada. Fui para a Catedral, onde a fila continuava gigantesca, contrariando a informação da guia. Estava quase voltando para o hotel mas decidi andar até a margem do Rio Arno, atravessado por diversas pontes, inclusive a famosa Ponte Vecchio, onde passaram a se concentrar as joalherias da cidade desde que o mandatário da família Medici implicou com o cheiro de carne dos açougues que ocupavam a travessia na Idade Média. O momento de passar pelo acesso à ponte foi o único em que senti alguns pingos mais intensos que, contudo, não duraram muito. Fui para a outra margem onde existia um afamado mirante que não conhecia. A paisagem do centro era espetacular. Iniciei o retorno para a hospedagem, tentando mais uma vez encontrar um trajeto com menos interrupções de obras viárias.