Estava com muita dúvida se valeria a pena pegar o novo sistema de transporte para o aeroporto por tudo o que vinha sendo veiculado sobre suas desvantagens. No entanto, já no espírito aventureiro dos próximos meses, resolvi experimentar a novidade. Saí de casa às 14:00 h, com muita antecedência para a partida de uma hora da madrugada de amanhã. O tempo não estava muito ruim, inclusive com aberturas de sol temporárias. A parte inicial do trajeto já era conhecida, usando duas linhas do metrô, fazendo a transferência na República. O segundo trecho envolvia o deslocamento por trem desde o Brás com troca de linha duas paradas adiante. Fiquei com receio de descer no lugar errado, apesar de saber que deveria seguir apenas até a segunda estação. A velocidade dos trens é muito menor que a do metrô e, em algumas curvas, o motorista reduzia ainda mais. Além disso, as paradas são bastante longe umas das outras. O trem de integração na estação intermediária já estava parado na plataforma aguardando a saída seguinte dali a dez minutos. A pequena lotação permitiu escolher confortavelmente um lugar para percorrer os 12 quilômetros que faltavam. Como a parada final fica a 3 quilômetros do prédio do aeroporto foi necessário ainda entrar no ônibus gratuito que faz esta última ligação. O trajeto completo não foi tão incômodo quanto se anuncia, apesar da troca constante de trens e da grande distância entre os trilhos do metrô e do trem percorrida na conexão da estação do Brás. Demorei uma hora e meia e paguei apenas R$ 4,00, o valor de uma passagem de ônibus. Pretendia comprar mais alguns euros na agência do banco que emitiu meu cartão de débito porém, após voltar para o Terminal 2, encontrei o local desocupado. Existem outras casas de câmbio porém, além do preço absurdo que cobravam, não estava tão desesperado. Também desapareceram os balcões de informação e muitas lojas estão vazias. Felizmente resolvi, no último momento antes de sair de casa, carregar o dinheiro que havia sobrado da viagem anterior, de modo que tinha alguma coisa para usar nos dias iniciais. Mesmo se não tivesse sido tão prevenido não haveria tanto problema porque normalmente faço saques ainda no aeroporto de chegada. Com essa reserva, contudo, teria uma preocupação a menos no primeiro dia. Na melhor das hipóteses o registro de passageiros tem início quatro horas antes da decolagem, dependendo da companhia aérea. Teria, portanto, que aguardar várias horas. Como as salas de espera da ala antiga são muito melhores e mais espaçosas do que as do novo terminal antes da passagem para a área de embarque, decidi adiar a volta ao outro edifício para apenas quando o voo aparecesse nas telas de informação. Não reparei se a indicação do portão estava presente no monitor mas, às 21:45 h fui para o balcão da Emirates, que já estava recebendo viajantes. Entrei na fila dos registrados previamente pela internet e em menos de dois minutos estava com a mochilona identificada e caminhando para a entrega no setor de itens fora de padrão. A passagem pela fiscalização policial também foi a jato e segui para a sala de embarque para esperar as quatro horas restantes.A posição ainda estava sendo ocupada por um avião da TAM porém, do outro lado do estacionamento, estava o enorme Airbus aguardando a oportunidade de ocupar a vaga. Uma hora mais tarde os veículos de apoio se afastaram e a aeronave foi rebocada para receber os passageiros.