Levantei às 7:00 h com muita preguiça, para variar. Consegui sair uma hora mais tarde, com um esboço de plano definido, baseado no discurso da Lada do final da tarde de ontem. Após atravessar um dos portões que dão acesso à cidade amuralhada iniciei o reconhecimento de suas vielas internas. Achei interessante que, diferentemente de outros bairros antigos, as vias aqui são mais ou menos ortogonais, com as escadarias subindo a encosta e ruas cimentadas no plano formando ângulos retos. Pouco à frente passei por uma abertura da muralha mais interna que cerca o Castelo. Uma placa avisava que a abertura se daria apenas em uma hora mas eu resolvi entrar no parque mesmo assim. Toda a vertente é coberta por vegetação e cruzada por caminhos que se dirigem ao topo, onde fica a fortificação do século XVI. Como alertado os portões não estavam abertos porém um banco na sombra oferece vistas esplêndidas da baía e das ilhas próximas. Achei que meia hora não era tempo demais para aguardar a abertura da atração, dispondo de um cenário tão encantador. Quando já estava achando os funcionários públicos croatas preguiçosos por não abrirem as portas do forte 15 minutos depois do prazo percebi vozes de visitantes no interior. Foi só então que ficou claro o fato de que eu ficar sentado na porta não ia resolver. Aparentemente a única entrada era pelo outro lado. Um ingresso meio caro permite a visita do pequeno museu com exposição de ânforas e cerâmicas recuperadas de naufrágios antigos nas imediações e libera o passeio pelas defesas e calabouços. Após quase uma hora andando pela fortificação voltei para o centro e peguei uma calçada de pedestres que segue a orla por alguns quilômetros. Algumas praias curtas forradas por pedras podem ser vistas mas a maior parte dos banhistas usa as rochas que adentram o mar. Havia muita gente para o meu gosto porém diversos bancos de madeira estavam disponíveis nas sombras para permitir a contemplação.