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| La Madalena / Palau / Sássari - qui 05/jun/25 * 14,93 km * (53 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Com quase todos os pertences acomodados desde ontem à noite, só restava tomar o café da manhã e partir. Na ligação que havia escolhido, o ônibus deveria sair ao meio-dia de Palau e haveria espera de uma hora para a conexão em Tempio Pausania. Isso permitia que ficasse no hotel até as 10:30 h antes de entrar no barco para a curta travessia marítima. Apesar da precisão do aplicativo de transporte rodoviário, sempre ficava apreensivo com os horários e paradas. Precisava controlar a ansiedade. O dia amanheceu mais nublado e o sol estava tímido. Sem nada para fazer por uma hora e meia, tentei cochilar sem perder
o prazo. Mudança de planos. Com poucas forças para enfrentar a ansiedade, resolvi abandonar o cochilo e deixar o quarto de uma vez às 9:30 h. Em vinte minutos cheguei no porto para aguardar a balsa que sairia em uma hora. Procurei um banco na sombra, porém só encontrava alguns ensolarados. Como o astro estava fraco e meio escondido, deu para suportar por alguns minutos, ajudado pelo vento. Enquanto esperava, observava o desmonte do palco que devia ter servido para algum festival durante a noite passada. Em vinte minutos a barca chegou em Palau e, segundo minhas pesquisas, eu deveria aguardar pouco mais de um
a hora pelo veículo do primeiro trecho. O marinheiro estacionou numa vaga diferente e, sem prestar muita atenção, comecei a caminhar para o lado errado. A nuvem mais pesada começou a soltar alguns pingos. Em poucos minutos estava totalmente perdido e não me lembrava de nenhum marco especial da época da partida. O mapa eletrônico, mais uma vez, me salvou, apontando o rumo correto. Estava em dúvida se poderia comprar a passagem com o motorista mas, como isso não era comum, entrei na estação marítima para perguntar se vendiam. A funcionária da empresa de barcas me indicou uma tabacaria na frente onde comprei o
bilhete duplo com o cartão VTM. Durante a hora e meia que durou o trajeto, deu tempo de o clima piorar, melhorar, piorar e melhorar de novo. Cheguei com sol e tive que procurar uma rara e pequena sombra para aguardar pelos quarenta minutos seguintes. A parada oficial estava em obras e, temporariamente, os condutores usavam um ponto alternativo que, me assegurou o motorista, seria o mesmo para a segunda perna. Uma italiana também ficou confusa com a alocação dos espaços, assim como eu quando vim visitar havia uma semana. Ela queria a informação de que estava no lugar certo e eu respondi com um sim duvidoso. P
ouco depois apareceu um ônibus, que era o que ela esperava. Não entrou e apenas recebeu um casal. Era francesa. De repente começaram a se aglomerar um monte de estudantes e logo apareceram veículos para vários destinos. Para confirmar, perguntei para um dos motoristas o horário do transporte para Sássari. Estava chegando e deu tudo certo. Os alunos do meu carro, como típicos adolescentes, ocuparam os bancos de modo desleixado. Ficaram com os assentos do fundão e eu tive de ir na parte da frente. Mas eram bem silenciosos. Após outra hora e meia o condutor entrou na rodoviária de Sássari, que parecia mais um e
stacionamento vazio. Verifiquei as partidas para os locais que me interessavam e iniciei a caminhada de um quilômetro para o hotel. Ele ficava meio fora da cidade, em um edifício que já foi luxuoso, porém estava meio decadente. Com várias lojas fechadas nos primeiros andares e alguns cassinos e casas de jogos no térreo, tive alguma dificuldade em encontrar a entrada. A recepção ficava no quarto andar e os quartos nos andares superiores. A área era meio industrial, o que ressaltava a decadência do entorno. O quarto, porém, era muito bom e gigantesco. Desempacotei rapidamente os itens essenciais e me preparei
para sair às 17:00 h. Acho que a reserva de três noites foi insuficiente, tendo dois passeios imperdíveis de dia inteiro. Talvez não sobre tempo de conhecer a cidade. Mas parecia que não seria tão imprescindível. Estava errado. O centro histórico merecia uma visita mais detalhada, com várias igrejas barrocas e prédios bem conservados. O resto da cidade, no entanto, parecia repetir a degradação do edifício do hotel. Algumas construções em ruínas e casas mal cuidadas davam a ideia de sofrer com algum tipo de colapso econômico. Na volta para o novo quarto passei por um grande Carrefour para abastecer o frigobar.