04/ago/19

Calendário

Selecione a viagemÁustria / Hungria 2024França 2024Malta 2023Bretanha 2022Europa 2019República Dominicana 2019Curaçao 2018Grécia 2018San Andrés 2018Itália 2017Creta 2017St. Martin / St. Bart 2017Península de Iucatã 2016Portugal e Ilhas Baleares 2016Ilhas Canárias 2016Aruba 2015Europa 2015Panamá e México 2015Israel, Jordânia e Grécia 2014Europa 2013Turquia 2012Ásia 2012Europa 2011Nova Zelândia 2011Brasil 2010Europa 2010África do Sul 2010Europa 2009Europa 2008Europa 2006/2007Europa 2005/2006Europa 2005

06/ago/19

Depois de alguns dias recolhido achei que estava na hora de empreender uma caminhada mais definida e alguns pontos da ilha não muito distantes me interessavam. Como primeiro teste decidi andar para uma extremidade e dobrar o cabo, após o qual parece haver uma área termal. Saí às 8:00 h com a intenção de seguir a ciclovia à beira-mar e ver o que encontrava. Deu para andar por vários quilômetros até um desvio para o Cabo Louros (leia lúros) com praias de pedras dos dois lados. Segui pela área costeira da reserva biológica Psalidi até começar a região de mega hotéis. Consegui atravessar a praia do primeiro de um lado a outro, porém a passagem para a seguinte era impedida por uma grade que se estendia mar adentro. Tive que usar as vias internas da grande hospedagem anterior para voltar à estrada pavimentada e continuar o percurso proposto. Teve início uma grande subida na passagem do Cabo Áios Focás que continuou bem acentuada até mais de 100 metros de altitude. Estava a menos de dois quilômetros da área termal quando comecei a aventar a conveniência de descer tudo para ver mais uma praia, no que achei que fosse um clube pago. Felizmente tive o bom senso de desistir de desistir logo no início e completei a descida até o nível do mar novamente. Pensaria na subida mais tarde e percebi novamente que se tratava de uma experiência com pouca chance de se repetir no futuro. De fato, o local é fascinante. Talvez já tenha cobrado entrada algum dia, mas atualmente é gratuito. A vista das bolhas subindo por entre as pedras para formar a grande piscina fervente é hipnotizante. A água não chega ao ponto de ebulição e ouvi um funcionário local falando que a temperatura foi medida por estudiosos em 60°C na semana passada. O desafio de alguns é atravessar os dez metros com a água até o pescoço ou mesmo nadando. Nem todos que se arriscaram conseguiram. Eu fiquei contente de entrar até o tornozelo e não deu para aguentar por muito tempo. Uma região do lado de fora das pedras que limitam a fonte tem maior concentração de banhistas onde, provavelmente, o aquecimento é amenizado pela mistura com o oceano. Só ficou faltando um pouco de explicação sobre o processo geológico envolvido. À gratuidade não pode ser atribuída a falta já que por toda a cidade placas informativas descrevem edifícios e ruínas, mesmo para atrações que não cobram ingresso. O cheiro de ovo podre, no entanto, não esconde que junto com as bolhas sai enxofre do fundo da terra. Toda essa região do Mar Mediterrâneo é bastante ativa quando se trata de vulcanismo e movimentos tectônicos. Sem dúvida os dois fenômenos esclarecem parte do processo. Fico satisfeito quando consigo não desistir de um passeio planejado, especialmente de resultado surpreendente como este. Mesmo tendo visto fotos pela internet não sabia direito o que esperar e a experiência local é muito mais satisfatória. Espero estar aprendendo a não chegar quase no fim sem coragem de completar o desafio.