03/set/24

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05/set/24

A sala VIP abria às 5:00 h da manhã e eu achei que só poderia entrar quatro horas antes da partida do voo. Fazendo as contas, cheguei à conclusão de que podia ficar esticado no meu pedaço de chão por umas boas nove horas. Quando apresentei o cartão de embarque quatro horas antes do que havia calculado, a atendente aceitou normalmente, indicando que, ou eu tinha feito conta errada, ou não tinha que fazer conta. No corredor foi suficiente enrolar uma toalba nos pés, contudo, durante o café, passei o tempo todo tremendo. Deviam manter o ar gelado daquele jeito para afugentar os friorentos. Conseguiram comigo. Apesar de o voo ainda não estar anunciado, passei pela imigração, que estava lotada. Entrei na fila dos europeus e só depois reparei que era para guichês atendidos por humanos. Olhando em volta encontrei a dos europeus com passaporte eletrônico, com portal automático e reconhecimento facial e fugi para lá. Achava que as máquinas estavam com problema naquele dia porque não liam os documentos de muitos passageiros, que tinham que ser remetidos pela assistente para outros locais. Reparei também que existia uma fila para passaportes com chip de alguns países de fora da Europa, inclusive o Brasil. A em que eu estava, no entanto, parecia ser a mais curta e só demorou um pouco por causa das falhas das leitoras. Para mim funcionou. Às 11:30 h peguei mais um ônibus para outro passeio pelas dependências aeroportuárias. Os passageiros Silver desceram e ficaram parados dentro do ônibus. O resto ficou parado no portão de embarque no andar de cima. Com dez minutos de atraso, o piloto começou a se mover e, depois de muito tempo, pude viajar sem vizinho nos dois trajetos do dia. O Airbus A330 neo deveria cumprir a travessia em nove horas e meia. O serviço de bordo principal sempre era oferecido bem no início do percurso e, sem opção para escolher, fiquei com a salada de grão de bico, a massa e o arroz doce. Pouco antes da aterrissagem foi a vez do lanchinho com pedaços de maçã e sanduíche de pão seco com um pouco de manteiga. Na descida achei o céu bastante nebuloso e percebi mais tarde que deveria ser o efeito das queimadas. Não vi nenhuma grande, mas diversos pontos pequenos espalhados. Na falta do Aeromóvel prometido tive que pegar o ônibus interno. Talvez pela última vez antes da inauguração da nova modalidade. Carregar a bagagem toda dentro da aeronave permitia sair passando apenas pela imigração eletrônica e atravessando o salão das esteiras, sem ter que aguardar o processo, por vezes demorado, da retirada das malas. A chegada às 18:15 h não permitiria pegar o trem expresso das 19:00 h. Na volta da França decidi entrar no que exigia uma conexão, que não economizou muito tempo. Dessa vez resolvi ver a diferença com o direto até a Estação da Luz, uma hora mais tarde. A onda de calor que estava esperando encontrar não apareceu. Pelo menos deu para andar de bermuda e sem casaco.