Sem surpresa levantei às 5:30 h para terminar a arrumação para a longa viagem. O ônibus passava às 6:47 h mas, como ontem vi o motorista adiantado cinco minutos, achei prudente descer com alguma antecedência. Meia hora antes do horário marcado estava aguardando no ponto sob a iluminação natural que mal acabava de ser acesa e das lâmpadas noturnas que ainda continuavam ligadas. Em quarenta minutos cheguei no terminal ferroviário de Desenzano pronto para me abrigar do frio na já conhecida sala de espera, onde pretendia aguardar a saída para Verona das 9:48 h. Contudo, logo ao entrar na estação, vi os monitores anunciando uma ligação saindo duas horas mais cedo, dentro de poucos minutos. Percebi então que ao realizar as consultas para definir as conexões havia especificado 8:00 h como horário inicial, o que estava me fazendo chegar em Florença apenas no final da tarde. Com a nova alternariva torcia pela possibilidade de entrar um pouco mais cedo no hotel. Mudei todo o itinerário. Em Verona havia um serviço saindo para Mántua às 8:30 h, em quinze minutos, de onde poderia pegar uma conexão para Bolonha. Era um pinga-pinga mas era melhor ir andando devagar em direção ao destino final do que ficar parado numa estação lotada. Além disso, só descobri que parava em todo lugar depois de duas paradas. Tentei resistir mas não deu. Após meia hora dentro do segundo trem tive que tirar o casaco do fundo da mochilona. Do lado de fora o céu todo nublado e dentro o ar-condicionado. Em Mántua tive quinze minutos para pegar a continuação para Bolonha das 9:29 h. Apenas perto de meio-dia, em Bolonha, as nuvens começaram a abrir algum espaço, mas o frio ainda não permitia tirar o agasalho. Quando cheguei em Florença, depois de outra troca um quarto de hora antes em Prato, o céu já estava bem mais limpo e deu para sentir calor. Mas seria muito complicado tirar o casaco no meio do caminho e andei os quinhentos metros até o hotel com o abrigo. Para não perder as informações relaciono o percurso com o trecho inicial de ônibus e os demais por via ferroviária: Gardone 6:47 - 7:30 / Desenzano 7:48 - 8:15 / Verona 8:30 - 9:15 / Mántua 9:29 - 11:20 / Bolonha 12:09 - 13:23 / Prato 13:29 - 13:44. As alterações no trajeto e horários me permitiram chegar na penúltima estação antes da terminal no centro de Florença, a mais próxima da pousada, às 13:45 h e, como o horário de entrada havia iniciado quinze minutos antes, não tive problema em ser admitido pela Sara. Ela queria receber apenas no último dia mas eu expliquei que preferia pagar antecipado e ela aceitou. O apartamento com quarto e banheiro grandes parecia muito bom e o teste da internet também mostrou uma rede confiável. Antes mesmo de me instalar corri para fechar as janelas porque parecia que os mosquitos queriam fazer a festa. Na caçada inicial dei cabo de um mas o problema devia ser comum porque vi dois aparelhos contra insetos nas tomadas. Apesar da preguiça resolvi sair às 15:00 h para reconhecer a redondeza e experimentar o caminho de quatro quilômetros para o centro. Escolhi o hotel sabendo do inconveniente da distância mas, na oportunidade, achei que fosse fazer muitas viagens de trem, para o que a estação próxima seria um benefício. Segundo a metereologia, porém, eu deveria ter bastante problema climatológico nesta última semana. O caminho para o centro não foi cansativo nem longo mas não tinha nada para ver além do trânsito e a grande obra de remodelação viária com readequação do traçado do bonde e repavimentação do entorno. As grades permitiam antever que o resultado seria bastante satisfatório. Entrei um pouco no terminal principal para verificar alguns horários mas cansei logo e segui para o centro passando pela Basílica Santa Maria Novella. Continuava sem vontade de andar pelo centro mas o objetivo mais importante era conhecer as ligações do bairro turístico com a região da pousada. Não deu para ignorar, no entanto, o esplendoroso conjunto da Catedral, que incluia o Campanário e o Batistério. Em momentos foi um pouco irritante andar no meio de turistas e táxis que, aparentemente, podem trafegar pelas ruas de pedestres. Refiz o trajeto para o hotel passando antes no supermercado próximo. A dificuldade foi armazenar tudo na minúscula geladeira. A conexão com a internet esteve excelente, assim como o banho.