| 03/jun/23 | Calendário | 05/jun/23 |
| Roma - dom 04/jun/23 * 21,1 km * (56 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Dia de transferência é dia perdido. A saída de um hotel tem que ocorrer até as 10:00 h e a entrada no outro nunca é antes das 14:00 h. Acordei às 7:00 h e continuei deitado por uma hora, quando levantei para guardar os últimos itens nas mochilas. Saí à rua em busca de me assegurar da limpeza do céu e voltei para debaixo das cobertas para aguardar o horário definitivo. Entrei na página da ITA para verificar o meu voo e, realmente, ele foi cancelado e minha reserva transferida para o dia seguinte, amanhã. Está aí uma companhia que não recomendo, talvez não tivesse número suficiente de passageiros. Deixei o quarto às 9:45 h e levei 45 minutos para chegar na estação de trem. O novo alojamento fica 500 metros para o outro lado. Marquei de passar lá às 11:30 h para deixar a bagagem porque eles e
starão fazendo a limpeza e não poderei permanecer. Não sei se seria melhor esperar o horário normal gastando o tempo na ferroviária. Cansei de ficar sentado no rodapé de metal por uma hora sem fazer nada. Depois da caminhada de 10 minutos fui atendido pela arrumadeira, que tirou uma foto do meu passaporte e entregou as chaves. Não tive coragem de deixar o casaco para trás, já que o céu estava bastante nublado e o vento era frio. A incerteza ficava por conta do mormaço. Voltei para mais um intervalo alimentício na estação antes de começar o passeio diário, se o tempo permitisse. Enquanto estava permitindo, continuei andando. Poucas quadras adiante fica a Casa da Arquitetura, parque onde está instalado o Aquário de Roma que não funciona aos domingos após as 13:00 h. Quase ao lado, a grande P
raça Vittorio Emanuele II é um retângulo formado por prédios com arcadas no nível do solo construídos na virada para o século XX com o objetivo de alojar a população que aumentava em função da definição de Roma como capital do novo país unificado. A praça é centrada no belo e tranquilo Jardim Nicola Calipari com ruínas do Ninfeo de Alexander Severus, uma complexo de fontes e distribuição de água, também conhecido por Os Troféus de Mário e ainda preserva a Porta Mágica, parte de um dos palacetes destruídos para dar lugar à praça. A parada seguinte foi na Basílica da Santa Cruz em Jerusalém que não parece ser uma das igrejas mais visitadas da cidade. Não estava sozinho, porém eram poucos os curiosos. O interior estava totalmente escuro emprestando um ar soturno ao local. O grande trunfo dest
e templo eram as relíquias armazenadas numa capela. Uma série de painéis na entrada tratava de descrever os motivos para a crença na veracidade dos objetos, passando por documentos históricos, relatos de viagem e da vida dos papas. Ao fundo, em uma vitrine, ficavam vários relicários metálicos com algumas lascas de madeira e ossos, além um longo pedaço de pau. Uma placa, também de madeira, é tido por texto de Poncio Pilatos em três línguas. Ainda podem ser vistos uma falange de São Tomás e um espinho da coroa. Dá para ser considerada uma visita psicodélica. O pedaço original da Cruz, trazido de Israel por Santa Elena, a mãe de Constantino, ficava no Palácio Sessoriano, cujos ruínas podiam ser encontradas bem atrás da igreja. Vários papas distribuíram farpas do lenho do suplício entre suas i
grejas preferidas politicamente. Segui por um longo parque linear paralelo à Muralha Aureliana, que contava com um interessante recanto canino. Delimitado por cerca de madeira, a grande área apresentava uma infinidade de fotos plastificadas de cães. O parque terminava na Porta San Giovanni, do lado da Basílica que visitei ontem. Como estava perto, resolvi entrar novamente, não por frevor religioso, mas à cata de uma tomada. Reparei que a tenda de segurança na entrada existe apenas pro-forma e passar os pertences pelo raio-x na presença de um guarda entediado não iria amenizar nenhuma situação de emergência. Não estava esperançoso em satisfazer minha necessidade por instalação elétrica, contudo, para surpresa geral, havia várias afixadas aos pilares da nave secundária. A dificuldade era a a
ltura. Dava para alcançar, mas precisei ficar de pé segurando o celular. Tive receio de que o policial que passava naquele instante fosse me repreender, porém ele seguiu em frente. Bem típico da Itália, ninguém se mete. Meu exemplo foi seguido por uma família na coluna seguinte. A carga aumenta, em média, 0.5% a cada minuto. O aparelho calculou inicialmente uma hora. Levou 5 minutos a mais quando desisti em 85% e ele ainda pedia mais meia hora. Ameacei vestir o casaco várias vezes, mas quando ia abrir o saco uma onda de mormaço me fazia mudar de ideia. Continuando no modo revisitação, entrei no Batistério vizinho para apreciá-lo com mais calma. Como hoje não tinha festa pude observar os detalhes mais atentamente e inclusive visitar as capelas anexas que escaparam da vez anterior. Pensava e
m ir para o outro lado do centro, acompanhando o Rio Tibre até a Praça Popolo. Contudo, além do vento frio, já estava na hora de voltar para casa para me preparar para a viagem de avião de amanhã. Caminhei ao longo de todo um lado do Circo Massimo e retornei pelo percurso feito pela manhã para mudança de hotel. A única alteração foi pegar uma rua paralela que evitava as descidas e subidas que havia sido obrigado a fazer da primeira vez. Entrei no novo quarto às 18:30 h e não pude achar desculpa para ter escolhido a caverna além dos € 30,00 a menos. Em quatro dias faz uma diferença razoável. Porém este é muito maior, extremamente confortável e muito mais bem iluminado. E tem varanda e vista. Como não vou usar nada disto, continuo com a reserva do alojamento original para o retorno de Malta.