Aproveitando a falta de vizinho, descobri um jeito de me acomodar nos dois bancos com os pés voltados para a janela. Após o que pareceu um sono longo e profundo, a comissária me acordou perguntando se eu estava com o cinto de segurança. Eles avisavam para sempre deixar afivelado e bem visível para evitar que tivessem que despertar os passageiros, mas eu não havia atendido a recomendação. Havia passado apenas uma hora desde eu ter caído no sono. As crianças do voo até que não foram tão escandalosas, com exceção das três horas antes do pouso, quando os berreiros ficaram intermitentes, contudo, irritantes. O menino na fileira da frente passou o tempo todo repetindo seguidamente a palavra avião, que deveria ter impressionado sua mente em formação. Na altura de Salvador, o sanduíche bem geladinho do lanche foi servido com pedaços de maçã. A chegada aconteceu com a hora de atraso que o piloto não conseguiu recuperar. Acho que ainda não seria desta vez que experimentaria o novo modo de deslocamento no aeroporto. A entrega do Aeromóvel foi adiada para o mês corrente. Ficaria para o ano que vem, se não aparecesse um novo destino quentinho até o Natal. Os 15°C na hora do pouso fazia quer que a roupa não tinha sido tão exagerada. O serviço de uma hora mais tarde para a Estação da Luz em relação à viagem da Sardenha ainda não havia sido suficiente para fugir do tumulto. O movimento de pessoas estava inacreditável. Teria que levar em conta também o horário da volta nos próximos passeios à Europa.