Só consegui acordar às 9:00 h e precisei de meia hora para sair do quarto. O início lento da manhã se refletiu nas três horas que levei para percorrer os doze quilômetros até a primeira das duas zonas arqueológicas que já havia definido anteriormente como alvo mas sem data precisa de visita. Tive um pouco de dificuldade em entender as instruções iniciais do mapa eletrônico e também passei algum tempo na rodoviária verificando possibilidades de destinos e horários. Sesklo (leia sésclo) foi um núcleo habitacional com origem no sétimo milênio antes de era cristã mas que floresceu no período neolítico, por volta de 5.000 a.C. Como não poderia deixar de ser, descobri no local que segunda-feira é o dia de folga. Não me importei muito porque o que mais conta nos meus passeios são as caminhadas e disso não podia reclamar. A distância não era tão grande e o desnível para atingir os 200 metros de altitude foi bastante gradual. Após trinta minutos de descanso retornei pelo mesmo trajeto até entrar no desvio para o segundo sítio de escavações, em Dimeni (leia diméni), onde cheguei às 14:30 h. Também estava fechado. Como eu havia marcado no itinerário preparado em São Paulo que hoje seria o dia dessas visitas imaginei que tivesse verificado o horário de funcionamento. Apesar de não ter ficado aborrecido por não poder conhecer os locais mais de perto teria sido interessante ter feito o passeio completo. Agora acho improvável que volte para aquele lado especificamente para entrar nos dois parques. Na volta, como já estava mais acostumado com o percurso, pude observar com mais detalhe as plantações ao redor e percebi como estavam carregadas as oliveiras, parreiras e uma árvore que calculei que fosse amendoeira. Em questão de um mês esse frutos vão estar disponíveis para consumo. Uma longa rota ao longo da margem de um canal seco me levou até a orla da gigantesca baía e eu virei para o lado que se afasta da cidade para conhecer algumas praias não nomeadas no mapa. Quando voltei ao hotel, analisando a tabela que recebi pela manhã no terminal de ônibus interurbanos e me baseando nas informações do mapa eletrônico, tentei montar um itinerário para conhecer parte da majestosa península de Pelion (leia pélion), cujas montanhas servem de pano de fundo para a cidade de Volos. Passei algumas horas dedicado à tarefa e não cheguei a grandes conclusões. Imaginei que o recepcionista de nome incompreensível pudesse me auxiliar e desci para pedir sugestões. Não ajudou muito, apesar da boa vontade apresentada. Acho que foi uma combinação de eu não ter conseguido dizer exatamente o que queria e de ele não ter tanto conhecimento quanto eu supunha. Ele até falou que eu seria mais bem atendido numa agência de viagens. Nisso eu concordava. Ficou tudo pendente para resolver amanhã.