Rennes - ter 02/ago/22 * 23,97 km * (40 fotos)

Mais fotos:

Inicialmente planejava decretar mais um dia de preguiça. Porém, nas pesquisas da internet de ontem à noite descobri a cidade murada de Fougères a uma hora de distância de ônibus. Acontece que estava cansado de viajar todo dia e, por mais bem preservada que estivesse a vila medieval, não tive coragem de sair do hotel a tempo de pegar o transporte das 9:30 h. Já era o segundo passeio em Rennes que eu abandonava, juntando

com a floresta do imaginário arturiano. Talvez seja sinal de que tenha que voltar para este lado algum dia. Pela primeira vez, o dia iniciou com o céu totalmente aberto, apesar dos 16° C. Mais razoável era visitar algum parque da cidade e aproveitar as imediações tranquilas do Rio Vilaine. Também teria que estar no quarto mais cedo para preparar a mudança e tentar pagar as diárias não aceitas no dia da recepção. De qu

alquer forma, continuei na cama cochilando até as 9:00 h, quando arrisquei sair sem casaco. Juntei-me aos corredores e demais atletas para acompanhar as margens do Rio Vilaine por vários quilômetros no sentido que deixava o centro para trás. Como não pude me embrenhar pelos caminhos do Rei Artur e do Mago Merlin, tive que me contentar com a versão pobre nas cercanias de Rennes. Chegava uma altura em que o rio se distri

buía entre diversos lagos, com barragens, reservatórios, eclusas e canais. O caminho Halage, nome da marginal, estava interrompido em determinado ponto, mas um pequeno desvio permitiu a continuação do passeio. Como eles gostam de acenar! Todo barco tem gente dando tchauzinho. Após percorrer doze quilômetros e três ou quatro eclusas em três horas e meia, achei que havia chegado o ponto de fazer meia-volta. Se continuass

e em frente, provavelmente atingiria o Oceano Atlântico, onde deságua o rio depois de oitenta quilômetros. O percurso de retorno foi essencialmente o mesmo, com apenas um desvio para atravessar um dos reservatórios cercado por bela mata. Sem dúvida o envolvimento com os mistérios do bosque de Merlin deve ser uma atração insubstituível, contudo a aventura de hoje foi excelente e não esperava que me satisfazesse tanto. O

caminho que percorri é muito utilizado por ciclistas de todas as idades, particularmente famílias. Em um verdadeiro dia de verão, com céu totalmente azul e temperatura alta, ele permitiu transformar a visita de Rennes em um bom equilibrio entre cultura e natureza. A única coisa chata foi o chão de areia, que o chinelo adora espalhar para todo lado. Os trechos pavimentados com pedra ou asfalto eram poucos e curtos.