Depois do cochilo após o desjejum, saí do quarto às 10:30 h sem um destino definido. Pensava em fazer outra caminhada ao longo do Rio Danúbio, no entanto fui atraído pelo centro histórico novamente. Entrei no belo Parque do Povo com suas roseiras e atravessei a Praça dos Heróis na frente do Palácio Imperial. Resolvi passar pela frente do Museu de arte histórica para ver as condições de entrada. Pretendia fazer a visita amanhã, porém segunda-feira era dia de descanso, ao contrário do que haviam me feito acreditar alguns informativos que falavam em abertura todos os dias durante os meses de férias. Resolvi entrar, sem muita expectativa. Coloquei os itens desnecessários em um armário e inicie pela sala egípcia. No início do séc. XX a Áustria fazia expedições arqueológicas pelo Oriente e o resultado estava presente no primeiro piso do edifício. Além de múmias, sarcófagos, papiros e amuletos havia a reconstrução de uma tumba funerária e animais mumificados. Os aspectos religiosos eram explicados em alguns painéis e andei pelas várias salas antes de passar para o setor da Mesopotâmia, que não era tão extenso. Ao contrário, a antiguidade grecoromana estava representada através de inúmeras esculturas em mármore, túmulos, mosaicos e cerâmicas. Algumas coleções especiais diferenciavam a instituição. Havia a de camafeus do período do império romano e os tesouros obtidos em escavações na Romênia, Eslováquia e Hungria. Teve então início a parte dedicada à dinastia dos Habsburgos, com um impressionante conjunto de objetos artísticos colecionados pelos governantes, especialmente como demonstração do poder da família. Era inacreditável a riqueza e quantidade de detalhes de cada peça. Artistas italianos eram convidados para compor o séquito de cada rei e desenvolviam os mais sofisticados produtos em bronze, ouro, marfim, cristal, tapeçaria e porcelana. Estava espantado com o numero de salas usadas para armazenar tanta riqueza, que os dirigentes guardavam em seus gabinetes de curiosidades, antecessores dos museus modernos. Quando imaginava ter chegado ao fim do passeio percebi a enorme escadaria que levava ao segundo andar, onde era armazenada a coleção de pinturas dos mestres famosos desde a renascença. Uma sala era dedicada especialmente para as diversas obras de Brueguel. Espantosa a quantidade de van Dyck, Rubens, Cranach, Dürer. E ainda tinha os espanhóis, franceses, italianos...ufa!