31/ago/19

Calendário

Selecione a viagemÁustria / Hungria 2024França 2024Malta 2023Bretanha 2022Europa 2019República Dominicana 2019Curaçao 2018Grécia 2018San Andrés 2018Itália 2017Creta 2017St. Martin / St. Bart 2017Península de Iucatã 2016Portugal e Ilhas Baleares 2016Ilhas Canárias 2016Aruba 2015Europa 2015Panamá e México 2015Israel, Jordânia e Grécia 2014Europa 2013Turquia 2012Ásia 2012Europa 2011Nova Zelândia 2011Brasil 2010Europa 2010África do Sul 2010Europa 2009Europa 2008Europa 2006/2007Europa 2005/2006Europa 2005

02/set/19

Acordei pouco antes das 7:00 h em ritmo de fim de festa. Não tinha coragem de fazer nada e precisei de muita determinação para levantar para experimentar o café da manhã incluído na diária. Tinha impressão de que a refeição oferecida nesse hotel seria de boa qualidade e desci mesmo sem vontade de comer tão cedo. Como imaginei o serviço era de auto-atendimento, com bastante variedade de pães e frutas, mas senti falta dos ovos mexidos. Tomei apenas dois copos de laranjada e me dediquei ao cacho de uvas e às azeitonas de gosto estranho. Voltei para o quarto e dormi por mais uma hora. Havia planejado um roteiro longo mas a preguiça estava tentando me convencer a andar somente até duas pequenas praias a menos de um quilômetro de distância que o mapa mostrava. O vento estava muito forte e frio e o sol sem vento queimava demais. Cheguei na primeira praia que, não sendo maravilhosa, também não era tão porcaria. O aplicativo mostrava uma linha tracejada fazendo a ligação com a seguinte e identifiquei uma passarela de concreto contornando as residências acima. Os primeiros passos mostraram que aquela rota era totalmente inviável. A maré que encobria parte do pavimento acumulava muito limo sobre o cimento e percebi que uma passada a mais me levaria para o chão. Me sentia andando sobre o gelo. Com cautela retrocedi os cinco metros em que havia conseguido me equilibrar e tentei a aproximação normal pela rua. Continuei até a praia Gagou, bem mais organizada e dominada por um grande hotel, com espaço apenas para barracas. Notei que além da quantidade de pessoas a combinação da ventania com o sol forte não iria propiciar um dia agradável na praia. Resolvi andar, conforme o plano original. Comecei subindo a encosta pela estrada tendo que atravessar uma cachoeira causada por um cano rompido. Menos de um quilômetro à frente uma placa indicava a interrupção da via. Fui até o obstáculo e percebi que uma parte do asfalto havia cedido e estava em reparo. Como não preciso de um espaço tão largo para caminhar atravessei a barreira que impedia o tráfego apenas naqueles dez metros. Continuei dando a volta na montanha até o desvio para a estrada de terra que percorre a espinha de dois quilômetros e meio da península Livadáki e termina numa enseada espetacular. A pequena praia me deixou um pouco decepcionado pelo acúmulo de espreguiçadeiras e chão de areia. No entanto, não tinha direito a me desiludir já que dois minutos antes de iniciar o passeio nem havia ouvido falar de Livadáki. Retrocedendo pela língua de terra entrei novamente na rodovia asfaltada indo para a vila de Agia Paraskevi (leia aía parasqueví) onde, além da igreja que comemora a santa que dá nome à cidade, existe um pequeno porto pesqueiro e alguns metros de praia de pedra e areia. Gostaria de ir para o outro lado da ilha, porém uma enorme parede montanhosa separava as duas partes. A forma mais direta seria usar uma estrada de terra para cruzar a elevação. Achei que correria muito risco utilizando um caminho desconhecido e decidi repetir o mesmo trajeto da ida no retorno para o hotel.