31/mai/25

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02/jun/25

Levantei às 6:30 h para me preparar para a viagem e meia hora mais tarde os sinos começaram a tocar uma música diferente. Junto com os tapetes de ontem, talvez desse para imaginar um feriado local. Quando estava tudo embalado fui conferir a saída no aplicativo dos ônibus porque havia lembrado que poderia pegar o transporte na estação marítima, para tentar evitar o movimento que tanto me assustou. O problema era que o serviço das 10:00 h que pretendia usar só parava no ponto superlotado perto do hotel. Saindo do porto havia apenas a ligação das 8:15 h. Dispensei o café da manhã, larguei a chave sobre o balcão vazio da recepção e comecei a caminhar os dois quilômetros em vinte minutos. No terminal marítimo encontrei a máquina que vendia bilhetes e pude usar o cartão VTM. Havia passageiros aguardando, mas perguntei para garantir. Um monte de motocicletas enormes e barulhentas estava se agrupando bem ao lado para passearem em conjunto, presumivelmente. Com a partida antecipada, chegaria bem mais cedo do que o prazo permitido para registro no hotel. Talvez me deixassem entrar, como em Ólbia. Após uma longa volta, o motorista estacionou na parada temida perto do hotel. Havia bastante gente, mas nem de perto a superlotação de ontem. Talvez fosse o horário e sobraram alguns assentos vazios. Com a perspectiva de férias, a família de italianos no banco de trás estava alvoroçada e falante. Na parada seguinte também havia muitas pessoas, que começaram a ocupar o corredor. Do meu lado sentou uma francesa que, em determinado ponto da viagem, perguntou, numa mistura de italiano e inglês meio incompreensíveis, como poderia comprar a passagem para o arquipélago pela internet. Falei que ia comprar a minha só na hora do embarque mas, para ser gentil, gastei alguns minutos do meu plano eSim e mostrei o endereço para ela, que acabou descendo no ponto errado. Tentei avisar, porém achava bom não me meter muito. Quando o condutor estacionou no porto, segui para a bilheteria atendida por humanos e comprei o bilhete de ida e volta com o cartão. Tenho usado o VTM em libras, que adquiri quando pensava em ir para o Reino Unido e venceria no final de junho. Claro que não perderia o dinheiro, porém era preciso fazer a transferência para o novo. A saída era iminente e fui um dos últimos a entrar na balsa lotada. No caminho vi a francesa e seus amigos entrando num barco menor, só para pessoas sem carro. A travessia levou menos de vinte minutos e esperei um pouco para deixar a maior parte dos viajantes saírem antes de mim. Caminhei o quilômetro até o hotel e, como imaginado, tive que esperar para fazer o registro. Sentei numa poltrona de vime para aguardar e adiantar a digitação. Depois de meia hora a recepcionista ficou com pena e ligou para a arrumadeira para verificar se a limpeza estava completa. Com a resposta negativa, precisei esperar mais um pouco, no entanto, às 11:30 h pude subir. Se tivesse pegado o transporte programado de princípio, estaria chegando só agora. No quarto consultei o mapa eletrônico para me localizar e encontrar coisas para ver na cidade. A grande atração, contudo, deveria ser a visita às praias, e já tinha uma demonstração apenas olhando pela janela, que abria para uma vista espetacular. Deixei o hotel ao meio-dia e meia para explorar a ilha. Voltando para o centro, passei no porto pesqueiro e observei algumas construções, ruas, becos, esculturas e monumentos. Uma das principais atrações era a Igreja de Santa Maria Madalena, na praça de mesmo nome. Ainda não descobri qual a relação tão íntima entre os Garibaldi e o arquipélago, mas o Giuseppe aparece em todo lugar e foi motivo de evento que se desenrolava no momento. Entrei no mercado para observar as bancas apresentando produtos típicos do norte da Sardenha e comecei a caminhada pela zona militar que eventualmente me colocou na frente da ponte para a Ilha Caprera. Já havia andado bastante e deixei a visita para outra oportunidade. Retornei ao hotel passando antes por um bom supermercado. Mistério solucionado. Giuseppe Garibaldi morreu na Ilha Caprera, no arquipélago de La Madalena. Acho que isso qualifica a cidade para proclamar seu herói. A internet fixou extremamente lenta para a transmissão de arquivos grandes após as 19:00 h. O uso por outros hóspedes deve ter subido.