| 30/nov/18 | Calendário | 02/dez/18 |
| Jan Thiel - sáb 01/dez/18 * 25,7 km * (61 fotos) | Mais fotos: | Álbum | Slide show | Vídeos |
Considerei que tinha um pouco de crédito por conta da viagem longa e caminhada inesperada de ontem e fiquei na cama até mais tarde. Também ajudava a quantidade de nuvens apreciadas pelas janelas do quarto, além da preguiça. Contudo, às 8:00 h já não dava mais para suportar o tédio e resolvi me mexer. Sem planos def
inidos a não ser continuar andando, convencionei a direção do percurso com a ajuda do mapa eletrônico e, após montar a mochila do dia, saí do hotel às 8:45 h com o céu mais nublado do que gostaria. Comecei pelo bairro em que fica o hotel, Punda, e segui até o canal atravessado pelas pontes que serve de entrada para
a baía interna de Schottegat. À medida que me afastava do centro chegava mais perto das nuvens pesadas. Não tinha muita esperança de escapar seco, só torcia por encontrar algum tipo de abrigo. A primeira proteção foi numa cabana coberta de sapê com um grande rombo no alto. Funcionou mais ou menos enquanto o vento 
não soprava com muita força. Esperei por quase uma hora a garoa persistente e sem vislumbre de abertura em qualquer direção da bússola. Às 11:20 h uma estreita faixa de céu azul cercada de nuvens menos escuras me trouxe uma vaga sombra de esperança mas ainda tive que aguardar alguns minutos para me sentir seguro e 
abandonar o posto. A estrada terminava numa rotatória que dava acesso a alguns estabelecimentos voltados para hóspedes de bolsos fundos e ao Aquário de Curaçao. Dali para a frente o caminho continuava por uma trilha pelo mato sobre uns penhascos até a baía de Jan Thiel. Fiquei um pouco na dúvida em me enbrennhar no
desconhecido, temendo a qualidade do solo que terminava de ser lavado e a cobertura do céu, que seguia totalmente nublado. Com um pouco de coragem e ânimo entrei no sendeiro para ver até aonde conseguia ir. O chão não estava muito melado mas a vegetação nos trechos mais estreitos tinha bastante água. Cheguei na La
goa Jan Thiel e descobri que aves usam esta região como local de reprodução. Além de alguns periquitos vi um pelicano que cuidava de sua cria à beira da água. Voltei para o topo do penhasco indo para o outro lado em que a trilha de terra continuava em meio a várias bifurcações até atingir a bela Baía Jan Thiel. O l
ugarejo é um local turístico de alto nível que conta com várias hospedagens de luxo, um centro comercial com lojas sofisticadas e, inclusive, um supermercado de rede conhecida da Holanda, fechado por ser sabado após 14:00 h. Nesse momento uma parte considerável do céu limpou e permitiu a volta do sol. O intervalo c
om as nuvens foi adequado para realizar o exercício na mata porque sob o calor a aventura deveria ser muito extenuante. Após dar a volta na baía e passar sob os penhascos em que havia estado me preparei para seguir o passeio voltando para a capital por ruas asfaltadas. Nuvens escuras rapidamente se acumularam novam
ente e não pude evitar um banho antes de chegar na proteção da guarita de entrada do grande condomínio que domina a área. Já sob a marquise assisti o mundo despencando com fúria descomunal. Dessa vez só precisei esperar meia hora, mas o sol ainda não havia voltado. No meio do caminho parei sob alguma vegetação para
aguardar nova garoa que comecava a apertar. Estava andando numa das artérias principais da ilha, uma mistura de estrada e avenida, com os inconvenientes das duas. Muito trânsito e pouco acostamento. Quando existente era de terra que a chuva havia transformado em meleca. Sempre que possível caminhei no asfalto, obr
igando os carros a desviar mais para o meio da pista. Cheguei no hotel inteiramente salpicado pela lama levantada pelo chinelo. A poucos metros do hotel, do outro lado da rua, existe um bom supermercado que aceita o meu cartão e parece ser de propriedade chinesa. Esse povo domina a vida comercial da cidade.